Para saber mais, clique aqui |
Barack Obama
apresentou oficialmente, esta terça-feira, a iniciativa Brain, que considera
ser um dos grandes desafios para o século XXI.
(…)
O projecto, designado Brain Research Through Advancing
Innovative Neurotechnologies – ou simplesmente pelo acrónimo Brain –, já foi
comparado ao Projecto do Genoma Humano, desenvolvido nos anos de 1990 para
sequenciar a totalidade do nosso ADN.
(…)
O objectivo da nova iniciativa, lê-se ainda no comunicado, é
“acelerar o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias que permitam aos
investigadores produzir imagens dinâmicas do cérebro, mostrando como as células
individuais e os sistemas neurais complexos interagem à velocidade do
pensamento.” Para, em última análise, conseguir encontrar formas de prevenir,
tratar e/ou curar males devastadores como as doenças de Alzheimer ou de
Parkinson.
(…)
A iniciativa tem contudo os seus críticos, como refere um
extenso artigo publicado esta terça-feira no New York Times.
Como por exemplo Donald Stein, da Universidade Emory, para quem “as premissas
subjacentes ao mapeamento da totalidade do cérebro são muito controversas”.
Este neurocientista acha, por outro lado, que “a tecnologia deveria vir a
seguir aos conceitos, e não o contrário”.
(…)
Questionado sobre o assunto, António Damásio respondeu-nos:
“Globalmente, acho a abordagem [norte-americana] mais razoável do que a
iniciativa europeia do cérebro (que em termos de investimento não é de facto
muito diferente do Projecto Genoma Humano), que parte do princípio de que
possuímos um conhecimento detalhado do cérebro que, pura e simplesmente, ainda
não temos.”
Sem comentários:
Enviar um comentário