sexta-feira, 20 de abril de 2018

Salaz, disse ela, referindo-se à cobertura mediática.



O tratamento, que se baseia nos princípios da homeopatia, é legal no Canadá e custa apenas sete euros. No seu blogue pessoal, Anke Zimmermann enalteceu a substância, mas acabou por remover a publicação.

Anke Zimmerman, naturopata canadiana, assumiu, no seu blogue pessoal, ter tratado problemas de comportamento de um menino de quatro anos com saliva de cão raivoso. A substância é legal no Canadá, onde pode ser adquirida por apenas sete euros e tem, até, um nome comercial, Lyssinum. O anúncio surpreendeu a comunidade médica internacional, que reagiu de forma negativa.
Muitos órgãos de comunicação social fizeram eco das críticas de especialistas de várias partes do mundo, que afirmaram que este tratamento não só não traria qualquer alteração comportamental à criança como até poderia tê-la colocado em risco. Segundo Anke Zimmerman, a criança teria sido já anteriormente mordida por um cão raivoso, o que justificaria a sua conduta.
Dificuldades em dormir, um mau comportamento na escola, grunhidos recorrentes e uma aversão à água seriam, no entender da naturopata, sintomas que confirmavam que o menino tinha contraído a doença. No entanto, face à polémica, a especialista acabaria por apagar a publicação, alegando, para além de uma cobertura mediática que apelidou de "salaz", "o respeito pela família da criança".
Em entrevista à edição canadiana do jornal Huffington Post, Phillipa Stanaway, vice-presidente do Colégio de Médicos Naturopatas da Colúmbia Britânica, confirmou a licenciatura em naturopatia de Anke Zimmerman e também o facto do Lyssinum, facilmente acessível através de uma pesquisa em qualquer motor de busca online, ser, efetivamente, um tratamento legalmente permitido.
O cientista francês Louis Pasteur foi o primeiro a desenvolver uma vacina antirrábica em 1885. Na altura, além de extrair o vírus do tecido nervoso de coelhos mortos, que usou como cobaia para criar o tratamento de vacinação, administrou ao mamífero saliva de uma criança que tinha sido mordida por um cão raivoso, mas na altura o animal acabaria por morrer, refere o jornal El Español.

terça-feira, 17 de abril de 2018

"É uma infelicidade que existam tão poucos intervalos entre o tempo em que somos demasiado novos e o tempo em que somos demasiado velhos." Baron de la Brede et de Montesquieu*


QUAL É A IDADE IDEAL PARA ENTRAR PARA A ESCOLA PRIMÁRIA?

(…)

Posto isto, importa perceber quais são os factores que permitem perceber se a criança está preparada para ingressar na Escola Primária ou não. E eles são, basicamente, dois: a capacidade cognitiva e a maturidade.

Capacidade cognitiva
É, sem dúvida, o mais fácil de avaliar. Actualmente existem uma série de testes que permitem quantificar o Quociente de Inteligência (QI) das crianças de forma bem objectiva, pelo que não é difícil perceber se a criança tem “capacidade” ou não para acompanhar as exigências. Para além disso, com esse tipo de avaliação torna-se possível também perceber quais as áreas mais fortes e mais fracas da criança, o que ajuda a estabelecer melhor de que forma aquela criança precisa de ser estimulada.
Na prática, a maior parte das crianças ditas “condicionais” acabam por ter um QI que lhes permite, do ponto de vista cognitivo, acompanhar as outras, pelo que não costuma ser este o aspecto que mais condiciona a decisão dos pais.
Maturidade

É muito subjectiva e, como tal, não existe nenhum método muito eficaz para a avaliar. Depende de muitos aspectos que não se conseguem quantificar, pelo que é uma área onde são os pais quem melhor pode tirar conclusões. Apesar de ser possível ter uma ideia geral, nenhum profissional de saúde consegue dar uma opinião muito fundamentada em relação à maturidade de uma criança. E devia ser exactamente este o principal discriminador para decidir se a criança avança ou não…
A maturidade é algo que não se aprende, pois é “biológica”. Precisa de tempo para se desenvolver e não se adquire por imitação. Os comportamentos podem-se imitar, mas a maturidade tem que ir surgindo. E quando não está presente, as dificuldades vão-se fazer notar. Por muitas capacidades que uma criança tenha, se não tiver maturidade para entender o que se lhe ensina e o que se lhe exige, os seus resultados vão sempre ficar aquém do que ela merece e é capaz. E esta questão pode fazer a diferença entre a positiva e a negativa, como é lógico, mas pode também fazer a diferença entre um aluno ser brilhante ou “apenas” muito bom.
Assim, em jeito de conclusão, diria que a regra deveria ser que só entrariam para a Escola Primária as crianças com 6 anos já feitos. Pontualmente poderia abrir-se uma ou outra excepção, mas essa seria a decisão mais acertada para a esmagadora maioria. Não é preciso pressas, apenas respeitar o que a biologia nos diz e os estudos comprovam. Sei que haverá muita gente que discorda desta opção, mas acredito mesmo que é a mais acertada.
Todas as crianças devem ter oportunidade de usar as capacidades que têm e, para isso, precisam de maturidade e segurança. E, acredite, todas elas têm muitos anos para ser adultos, mas muito poucos para ser crianças. E atrevo-me até a dizer que é quase “criminoso” impedir que elas usufruam desses poucos anos que têm enquanto crianças…

*http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/baron-de-la-brede-et-de-montesquieu.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

E à Inclusão disse nada.


Luís de Miranda Correia não poupa críticas ao novo modelo da “educação inclusiva” que o governo se prepara para colocar em vigor. Este especialista na problemática da educação especial exprime um receio que também já várias vezes aqui manifestei: que a inclusão total dos alunos com necessidades educativas especiais, que o ME defende, venha a pôr em causa a resposta às especificidades deste alunos, desarticulando os serviços de educação especial que até agora, com a colaboração dos conselhos de turma e de outras estruturas escolares, a tem assegurado.
De facto, perseguir uma ideia fundamentalista de inclusão, que leva a considerar que um aluno com sérias limitações motoras e/ou cognitivas só estará bem quando estiver completamente incluído na turma a que pertence, é atentar, desde logo, contra o direito de todos os alunos “especiais” a uma educação que respeite as suas características e necessidades específicas. Na verdade, como bem sabem todos os que trabalham com alunos da educação especial, cada caso é um caso. E se alguns alunos podem beneficiar com um ensino mais inclusivo – e nesses casos ele deve ser promovido – outros haverá em que a integração na turma tem de ser feita de forma mais limitada e cautelosa. E exige – e é aqui que a porca ministerial torce o rabo – mais recursos humanos para um acompanhamento efectivo destes alunos no novo contexto educativo.
Miranda Correia critica também a “descategorização” trazida pelo novo documento, como se categorizar os diferentes tipos de necessidades dos alunos e as correspondentes adequações significasse rotular ou, de alguma forma, discriminar alunos. Tomando como princípio uma igualdade inexistente, colocam-se ao mesmo nível todas as dificuldades de aprendizagem – as dos alunos “regulares” e as que se integram no âmbito da educação especial – e impede-se a construção de respostas educativas verdadeiramente diferenciadas para os alunos que delas necessitam.
Sob a capa de uma fictícia inclusão, o colunista do Público teme que o novo modelo venha, isso sim, a “atirar os alunos com NEE para situações de exclusão funcional”. Dependendo o seu sucesso, em larga medida, dos recursos que vierem a ser concedidos às escolas para a sua implantação, uma coisa estará garantida quando e se o novo modelo vigorar: mais confusão e burocracia, da qual os alunos dificilmente não sairão prejudicados, e valentes dores de cabeça para os professores envolvidos na sua aplicação…


quinta-feira, 5 de abril de 2018

"A quem chamas mau? Àquele que quer envergonhar sempre." Friedrich Wilhelm Nietzsche


Pai desconfia de algo errado e vai até a escola do filho, veja o que ele descobriu!

(…)Um pai começou a achar estranha a atitude de seu filho, pois não tinha nada escrito no caderno, por isso passou a desconfiar que algo errado estava acontecendo, por isso foi na escola e descobriu que seu filho não estava fazendo suas tarefas diárias.
Por isso resolveu que seu filho iria fazer todas tarefas atrasadas e colocar seu caderno em dia. Ele pediu emprestado o caderno de um amigo do filho, tirou cópias e para deixar o filho envergonhado de sua arte, postou nas redes sociais para ele aprender a não fazer mais isso.(…)

quarta-feira, 4 de abril de 2018

"...eu quero é ser o tal e como tal reconhecido..." (Sérgio Godinho)*


(…)
Desde 2006 que a as escolas são avaliadas por equipas constituídas por dois inspectores da Inspecção-Geral da Educação e um perito do ensino superior, que analisam o trabalho desenvolvido para melhorar os resultados académicos dos seus alunos, sublinhando as boas práticas e chamando a atenção para os pontos a melhorar.
Mas as regras estão prestes a mudar e as futuras equipas vão passar a integrar também "uma personalidade de reconhecido mérito com conhecimento do sistema educativo", confirmou à Lusa o gabinete de imprensa do Ministério da Educação.
Segundo o Ministério da Educação, as novas equipas de avaliação serão compostas por quatro elementos: "dois inspectores - sendo um deles coordenador - um perito e uma personalidade de reconhecido mérito com conhecimento do sistema educativo".
(…)
Público de 03-04-2018

*...eu quero é ser o tal e como tal reconhecido..." - dois versos da canção que pode ouvir aqui

terça-feira, 3 de abril de 2018

domingo, 1 de abril de 2018

"A informação só tem valor no momento em que é nova". (Walter Benjamim)


Norma 2/JNE e Guia dasProvas de Aferição 2018


NORMA 02-JNE-2018 – Instruções para a Realização, Classificação, Reapreciação e Reclamação, Provas e Exames do Ensino Básico e Secundário (alteração na pág. 62)



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