sábado, 31 de agosto de 2013

Denunciar é preciso

Quem é que nunca viu alguém utilizando indevidamente uma vaga de estacionamento reservada para deficientes físicos? Esse tipo de cena cada vez mais comum nas cidades, seja quando vamos a um supermercado, banco ou show, por exemplo, costuma causar revolta em quem presencia, mas um aplicativo (app) para smartphone pretende ajudar a denunciar quem gosta de levar vantagem nesse tipo de situação.

O aplicativo Parking Mobility, que está disponível gratuitamente na App Store e no Google Play, viabiliza a geração de um relatório que pode ser enviado diretamente as autoridades, segundo informou o site springwise. Os usuários enviam três fotos:uma com a placa do carro, uma da janela da frente e uma da vaga de estacionamento.


Uma vez que a comunidade de deficientes físicos é cada vez mais consciente quanto as infrações nos estacionamentos, o aplicativo ajuda a trazer mais agressores à Justiça e criar receita para as cidades, por meio das multas. As irregularidades registradas pelo Parking Mobility junto as autoridades poderão ainda recolher 20% das multas para instituições de caridade voltadas aos que têm dificuldade de locomoção.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"A beleza é o acordo entre o conteúdo e a forma." (Henrik Ibsen)

Concurso Miss Polónia em cadeira de rodas.

Clique para ver mais fotos
A competição é uma iniciativa da Fundação JedynaTaka (da Polónia) junto com o Fundo Social, com a intenção de mudar a imagem das mulheres com deficiência na sociedade e mostrar que existem belas mulheres, que mesmo usando uma cadeira de rodas, não deixam de ser mulheres ativas com diferentes papéis sociais, tal como o papel de mãe. Desta maneira, elas não serão mais vistas apenas com a imagem de uma deficiente.
Foram inscritas 72 lindas cadeirantes para a competição; mulheres cheias de paixão, força de vontade e perseverança, na busca de seus sonhos; provando que cada mulher possui sua própria beleza de diferentes maneiras.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças" (Mantoan)

Fala-se mais e mais de inclusão, sem pensar que não se trata de incluir, trata-se sim de conhecer as diversas possibilidades para o desenvolvimento humano e de estar aberta a elas numa relação dialógica genuína (PRESTES, 2012, p.191).

Histórica e culturalmente, estamos habituados que se leia com os olhos, que se fale com a boca, que se escreva com as mãos, que um determinado conceito seja elaborado numa determinada fase. Entretanto, sabemos que tais tarefas podem ser realizadas com ferramentas diferentes destas dispostas para a maioria das pessoas, assim como em tempos diferenciados. Podemos ler com os dedos, falar com as mãos, escrever com os pés e elaborar um conceito em diferentes momentos da vida (BRAUN, 2011, p.98).

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Vejo, logo Existo (Fernando Pessoa)*




A declaração de amor que Fernando Pessoa fez à sua cidade Oh Lisboa Meu Lar! serve de mote para um itinerário por lugares marcantes na vida do poeta. Com ponto de encontro na sede da Dianatours, junto à estação de metro de Entrecampos, o circuito realiza-se em autocarro e percorre, durante três horas, locais frequentados por Pessoa: Largo de S. Carlos, Chiado, Largo do Carmo, Elevador de Santa Justa, Casa Fernando Pessoa, Cemitério dos Prazeres e Mosteiro dos Jerónimos. A viagem é acompanhada por um actor de A Barraca que interpreta o papel do escritor e um áudio guia traduzido em oito línguas. Reservas em 808 234 262. 

Clique  e ouça, enquanto lê o post

*Sou um visual. O que na memória trago, trago-o visualmente, se susceptível é de assim ser trazido.(Clique para ler todo o texto)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"Aqueles que concordam com uma opinião chamam-lhe opinião; mas os que discordam chamam-lhe heresia." (Thomas Hobbes)

Familiares de pessoas com autismo estão organizando, para daqui a duas semanas, um grande ato, em Brasília, para pressionar o governo pelo direito de educarem seus filhos em casa ou em instituições específicas. O movimento encontra resistência dentro do próprio universo de pais com filhos autistas. Há associações que defendem que o caminho para a maior socialização é por meio da educação regular.
A divisão veio à tona após a presidente Dilma vetar, na lei que iguala direitos de autistas aos de demais pessoas com deficiência, trecho que deixava aberta a possibilidade de a educação do grupo ser realizada de acordo com necessidades específicas.
“O autismo se manifesta em diferentes graus, o que vai gerar demandas diferentes. Não é possível tratar tudo na mesma normativa”, diz Berenice Piana, mãe de um jovem com autismo e uma das principais responsáveis pela aprovação da lei.
Entre as alegações dos que apoiam a educação segmentada estão a exposição dos filhos ao bullying, a falta de estrutura e capacitação de professores nas escolas regulares e a imprevisibilidade das ações das crianças, que podem inclusive ser violentas, dentro da sala de aula.
Apaes em todo o país dão fôlego ao pleito de quem defende a educação especial. A instituição é a mais tradicional do país no trato com pessoas com deficiência intelectual tanto em aspectos educacionais como em terapias.
Recursos
Pelo Plano Nacional de Educação, em avaliação no Congresso, instituição nenhuma poderá, a partir de 2016, receber recursos públicos para fornecer ensino exclusivo a grupos com deficiência como autistas, downs ou paralisados cerebrais, como no caso das Apaes.
“O mundo moderno exige toda criança na escola e o governo investiu em leis e procedimentos que levassem o país a esse patamar. Se a criança não puder ir à escola por motivos médicos sérios, a escola deve ir à criança”, afirma o psicólogo Manuel Vazquez Gil.

Ele tem um filho com autismo em grau severo e que estuda no ensino regular.

O MEC (Ministério da Educação) defende que é inconstitucional a manutenção das escolas especiais, uma vez que o Brasil é signatário de convenção internacional que determina a educação inclusiva, fornecendo os governos as condições para isso.

“Os pais precisam ter o direito de escolha de onde querem educar seus filhos. Eles são os melhores especialistas, vivem o problema no dia a dia”, declara Piana.

Na política de educação inclusiva do MEC estão previstas ações “intersetoriais” para atender os casos mais graves de pessoas com deficiência na escola, que envolvem auxílio de acompanhantes, atenção à saúde e ensino complementar.
Os contrários à obrigatoriedade do ensino regular afirmam que, na vida prática, a educação inclusiva não tem efeito para pessoas com autismo em grau severo, que não aprendem à contento e na escola ficam longe de cuidados da família ou de profissionais habilitados.
Fonte: Folhapress

Referência: Umuarama Ilustrado

domingo, 25 de agosto de 2013

Ai se o ministro descobre

Sabemos que a Índia é um país grandezas, por isso não é de estranhar que a maior escola do mundo fique em Montessori, Lucknow, naquele país. As dimensões são impressionantes: 47 mil alunos, mil salas de aula e 3.800 funcionários.
Curiosamente, a escola foi fundada em 1959, por Jagdish Gandhi, com apenas cinco alunos. Conhecida como CMS, a escola emprega professores, auxiliares, responsáveis de limpeza, condutores de riquexó, electricistas, carpinteiros ou até jardineiros.
A escola tem cerca de 20 recreios e ainda está a escrever, apesar de ter duplicado de tamanho nos últimos 14 anos. “Fundei a escola com grandes dificuldades. Estive 15 dias à procura de alunos, em 1959, não ninguém veio”, explica hoje Gandhi. Então, ele e a sua esposa convenceram uma mulher a colocar lá os seus cinco filhos – foi aí que começou, realmente, a CMS.
O nome da escola espalhou-se e é hoje a maior do mundo, ultrapassando largamente a escola Rizal de Manila, nas Filipinas, com 19.738 alunos. É que Gandhi acredita que não se deve negar a ninguém o direito à educação e, ainda que a instituição não recebe fundos públicos, a propina é bastante baixa.
Na CMS, a competição é rainha. Há competição por tudo, sobretudo para praticar desporto. Mas o maior orgulho de Gandhi são os alunos que, tendo estudado na CMS, vieram a trabalhar nas Nações Unidas e Goldman Sachs ou estudado em Harvard.
“Há um excelente ambiente entre professores e alunos. É fácil ensiná-los e não há grandes problemas entre eles. Tentamos que cada sala tenha menos de 50 alunos, mas normalmente há entre 40 e 45. É um número muito gerível e todos recebem atenção”, explica uma das professoras.
Para além de aluas de geografia, matemática ou inglês, os alunos têm disciplinas sobre a paz no mundo. A CMS é também a única escola do mundo a ter recebido um prémio da UNESCO pelos esforços na educação pela paz. Veja algumas fotos do megaespaço.


"A saúde depende mais das precauções que dos médicos." (Jacques Bossuet)

Nunca tinha feito pataniscas até à semana passada, nem era sequer fã da especialidade. Mas como tanto a minha mãe como a minha sogra falaram maravilhas das suas pataniscas feitas com a farinha Self-Raising da Doves Farm, quis experimentar. Andei à procura da receita perfeita, mas quase todas as bloggers de culinária dizem que a receita da mãe é a melhor; no entanto, variam todas muito. Sendo assim, fiz um mix com as várias receitas que encontrei e decidi fazer um teste.Correu bem e eu, que nem era fã, até sou capaz de repetir a receita um destes dias.
Ingredientes:
300 gramas de bacalhau cozido e desfiado
1 cebola
3 ovos
80 gramas de farinha Doves Farm White Self Raising
150 ml água com gás
Sal, salsa picada e pimenta a gosto
Separe as claras das gemas e monte-as em castelo. Reserve.
Triture bem a cebola. Reserve.
Numa taça, misture bem a farinha, o sal, a pimenta e as gemas. Junte-lhe a água, misture e acrescente mais um pouco, se a massa estiver muito espessa. De seguida, junte o bacalhau, a cebola e a salsa, e misture bem até obter uma massa homogénea.
Por fim, junte as claras em castelo e envolva-as com cuidado na massa. Entretanto, aqueça o óleo na frigideira e deixe aquecer bem. Coloque depois colheradas de massa na frigideira, de acordo com o tamanho de pataniscas que pretender. Deixe fritar de um lado até dourar e vire do outro lado para acabar de fritar. Coloque num prato com papel absorvente.
Sirva quente com uma salada a gosto.
Esta receita rende 11 a 12 pataniscas.

sábado, 24 de agosto de 2013

"O que é escrito sem esforço em geral é lido sem prazer." (Samuel Johnson)

Regressam Oficinas de Escrita de Manuela Gonzaga

As Oficinas de Escrita da escritora Manuela Gonzaga estão de volta. Desta vez, os quatro módulos vão decorrer na Livraria Alêtheia, Lisboa, durante o mês de Setembro. No final, cada participante terá direito a um livro com os melhores textos do curso.


Depois do sucesso das primeiras edições das oficinas "A minha vida dava um livro", a escritora Manuela Gonzaga está de regresso com mais um curso de escrita criativa.

À semelhança das anteriores edições, a formação tem uma duração total de 12 horas, dividas em quatro módulos de três horas cada um. As sessões decorrem de 3 a 26 de Setembro, sempre às terças e quintas-feiras, entre as 18h30 e as 20horas, na livraria Alêtheia (R. do Século nº 13).

Cada módulo (duas sessões de hora e meia) tem o custo de 40 euros sendo que este valor inclui a oferta de um livro antológico com os melhores textos da oficina. As inscrições podem ser feitas através do email aletheia@aletheia.pt ou do telefone 210939748. 






sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"Dá-me veneno para morrer ou sonhos para viver."(Gunnar Ekelof)

(…)
- Escreve – disse.
- Assim que chegue, escrevo-te – replicou Julián.
- Não. A mim, não. Escreve livros. Não cartas. Escreve-os por mim. Por Penélope.
Julián assentiu, só então se apercebendo do muito que ia sentir a falta do amigo.
- E conserva os teus sonhos – disse Miquel. – Nunca se sabe quando irás precisar deles.

(…)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Ajuda o teu semelhante a levantar a carga, mas não a levá-la." (Pitágoras)

Clique para saber mais
A jovem investigadora espanhola Luz Rello foi distinguida com o prémio European Young Researchers’ Award 2013 pelo seu trabalho em torno da acessibilidade da internet a disléxicos.

A dislexia é uma inaptidão neurológica de leitura que se caracteriza por dificuldades no reconhecimento fluente de palavras e fracas competências de ortografia – estima-se que afecte 17,5% da população norte-americana, por exemplo. O objectivo de Luz é perceber como o conteúdo e a sua apresentação alteram a leitura online dos disléxicos.

Um dos aspectos mais interessantes na pesquisa de Luz é que ela intersecta a linguística com a ciência computacional. Como tal, baseou as suas experiências em ferramentas de processamento natural de linguagem e de interacção entre pessoas e computadores.

Por um lado, olhou para a forma como os algoritmos podem ser usados para substituir automaticamente palavras que são difíceis para os disléxicos por outras mais simples. Por outro lado, usou o rastreio visual e a análise da expressão facial para descobrir como pode uma página web ser mais apropriada para estas pessoas.

A lista de condicionantes identificadas pela investigadora é extensa – vai desde caracteres, a linhas, espaços entre parágrafos, tipos de letra e tamanhos, tal como largura das colunas,
Clique para saber mais
escalas de cinzento e pares de cores.

Segundo a Next Web, as descobertas serão publicadas no seu próximo relatório, levando à divulgação de características visuais específicas que podem tornar a leitura online muito mais fácil para os disléxicos. Ela percebeu, por exemplo, que quanto maior o tamanho de letra, melhor – o tamanho 18 parece ser o ideal.

Luz concluiu ainda que o itálico tende a ter um impacto negativo na compreensão. Já os tipos de letra não serifadas melhoram significativamente o desempenho na leitura. Para dar nomes, Helvetica, Courier e Computer Modern Unicode são particularmente boas nestes casos.
In: Green Savers via facebook.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

60 anos após a 1.ª obra

(…)
Clique para saber mais
O escritor norte-americano Elmore Leonard morreu ontem de manhã, em Detroit, aos 87 anos. A notícia foi dada através do site oficial e Facebook do autor onde Greg Sulter, o homem que fazia a pesquisa para as suas obras, escreveu: "Este é o post que eu temia ter de escrever e que vocês temiam ler. Elmore morreu às 7h15 desta manhã por causa de complicações depois do seu AVC. Estava na sua casa rodeado pela sua querida família." (…)
Em 2001, o NYT pediu-lhe as dez regras da boa escrita e ele aconselhou: nunca começar um livro a falar do tempo, evitar prólogos, nunca usar outro verbo além de "disse" para terminar um diálogo e ter sempre os pontos de exclamação debaixo de olho (só são permitidos dois ou três em cem mil palavras).
Vários dos seus livros estão publicados em Portugal, entre os quais Na Casa de Honey e Unha com Carne (Teorema), Cuba Libre (Quetzal) ou Um Bom Argumento (Difusão Cultural), que deu origem ao filme Jogos quase Perigosos (1995), de Barry Sonnenfeld, com John Travolta e Danny DeVito. Também Quentin Tarantino adaptou ao cinema o romance Rum Punch. E o filme Romance Perigoso, de Steven Soderbergh, em que George Clooney interpreta o assaltante de bancos Jack Foley, também se baseia em Out of Sight. "Raros foram os escritores tantas vezes adaptados ao cinema - nada menos do que 19 filmes foram inspirados em obras suas. Por exemplo, um clássico do western O Comboio das 3 e 10, de Delmer Daves. Mas Elmore Leonard era sobretudo uma referência crucial no cinema de Tarentino", diz ao PÚBLICO o crítico Augusto M. Seabra.
(…)                                                                                                 Público de hoje

"Na declaração dos direitos do homem esqueceram-se de incluir o direito a contradizer-se." (Baudelaire)

"É preciso ler", regista Daniel Pennac no tópico 40.º do seu famosíssimo livro Como um romance.



Todas as mensagens vão no mesmo sentido: é preciso pôr as crianças e os jovens a ler, a andarem sempre com um bom livro atrás, a gostarem de ler os autores de renome... porque a leitura, qual "complexo vitamínico", faz bem a tudo quando se está a crescer: enriquece o vocabulário, ajuda a escrever bem, permite descobrir o mundo, ensina a raciocinar, e mais isto e mais aquilo...

Mas, é "sobejamente conhecida... a falta de interesse e gosto que os jovens manifestam pela leitura", diz-se na badana da minha edição popular da Asa, já com dez anos.

Adultos, incluindo professores e pais, muitos dos quais dispensam a leitura, preocupam-se com a rejeição, a aversão ao "mergulho" nessa actividade por parte daqueles que educam, e, assim sendo, não podem deixar de se atormentar: ao aluno, ao filho está destinado um futuro sombrio.

Seduzem, insistem, ameaçam, mas nada parece resultar... resta-lhes conviver com a culpa. E nesta época do ano é pior: as férias estão traçadas para serem um tempo de leitura; se os adultos esclarecidos não conseguem levar os miúdos a ler pelo menos um livro por semana, falharam!

Acontece que "o verbo ler não suporta o imperativo", volto a Pennac, naturalmente. Para atenuar essa culpa, talvez resulte ponderar em cada um dos dez “direitos inalienáveis do leitor” que ele redigiu e explicou com fina ironia e muito saber, no caso, de experiência feito, sobretudo como professor, mas também como pai.

1-O direito de não ler; 
2-O direito de saltar páginas; 
3-O direito de não acabar um livro;
4-O direito de reler;
5-O direito de ler não importa o quê; 
6-O direito de amar os “heróis” dos romances;
7-O direito de ler não importa onde;
8-O direito de saltar de livro em livro;
9-O direito de ler em voz alta;
10-O direito de não falar do que se leu.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

"A miséria também é uma herança." (Riccardo Bacchelli)

O PS criticou hoje as políticas do Governo para a área da educação, acusando-o de estar "claramente a procurar o regresso a uma escola do antigamente, a uma escola pobre, para pobres, com resultados também eles pobres".
"Num período de crise económica, financeira, social e até política, a educação parece, para o Ministério da Educação, ser mais um assunto, entre tantos outros, sem grande relevância (...).Acreditamos que é um erro profundo, pois para além do valor que a educação tem para cada indivíduo, tem também uma importância vital para a sociedade", afirmou hoje, em declarações aos jornalistas, o deputado socialista Rui Santos, também coordenador da comissão parlamentar do PS da educação.

Para o PS, o cheque-ensino anunciado pelo Governo é, por exemplo, "uma medida meramente ideológica e sem qualquer fundamentação científica, sociológica ou sequer económico-financeira que a valide".

"Um bom conselho a tempo e em certas conjecturas é um benefício precioso." (Axel Oxenstiern)

Visto aqui

Uma inspiração

Jô Soares revela que se inspirou no filho autista para montagem da peça “Três Dias de Chuva”

SÃO PAULO – Jô Soares contou que foi o filho, Rafael, nascido em 1964, quem o inspirou para a montagem da peça “Três Dias de Chuva”, em cartaz em São Paulo. Jô Soares diz que ele tem dificuldades e ao mesmo tempo capacidades excepcionais.
O apresentador, que dirige o espetáculo, se baseou no próprio cotidiano para dar vida à obra de Richard Greenberg – que trata de conflitos de gerações de uma família.
“Eu tenho um filho autista, com uma série de problemas que se agravam. E isso é uma condição genética. Fica difícil se comunicar com ele”, fazendo referência ao primogénito, fruto de seu relacionamento com a atriz Theresa Austregésilo.
O apresentador e escritor compara o filho com o personagem de Dustin Hoffman, que fez um autista no filme Rain Man, de 1988. Rafael toca piano, faz programa de rádio em casa, fala
inglês, e aprendeu a ler sozinho aos 4 anos de idade Rafael possui uma boa capacidade de comunicação e inteligência, mas tem dificuldades motoras e vive em uma espécie de mundo particular.
“Tenho um filho de 41 anos autista… Quando ele gosta da música, a vizinhança sofre, daí tenho que gritar, Rafael, abaixa isso…”
O artista assegurou ainda que aprendeu a viver com a condição do herdeiro e que não se deixa levar apenas pelo lado negativo. “Mas você não pode deixar que isso seja o foco principal da sua vida, porque, se deixar, não faz mais nada”, completou.
Fonte: MSN


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vá pelos seus dedos

Revista Louis Braille - Um contributo para a inclusão

Já se encontra disponível o número 7 da Revista Louis Braille, uma publicação digital trimestral, especializada na área da deficiência visual, editada pela ACAPO. 

Ao longo das suas páginas é possível aceder a testemunhos de quem, por motivos profissionais ou outros, se interessa pela integração da pessoa portadora de deficiência visual, designadamente docentes que trabalham com alunos nessas circunstâncias. 
 Neste número são abordados temas particularmente relevantes para os profissionais da educação, como, por exemplo: 
 - O relevo da brincadeira para a criança com deficiência visual, salientando-se que "para estas crianças a necessidade de brincar é ainda mais importante, porque o brincar permite ligarem-se aos outros e ao mundo"; 
 - A dança enquanto meio de integração; 
 - A utilização de Braille eletrónico nas aulas: um caso de sucesso no Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas. 
 Acesso às versões word e pdf da revista na página web da ACAPO.


domingo, 18 de agosto de 2013

Isso é tão Max

Se meu filho pudesse acordar sem necessidades especiais

Max tem paralisia cerebral. No entanto, a ideia de que necessidades especiais deveriam ser “consertadas” ou curadas é inquietante. Ao mesmo tempo, isso me fez pensar sobre o que aconteceria se a paralisia cerebral fosse “curável”. Se o Max nunca tivesse nascido com ela, se ela fosse embora amanhã, ele iria ser uma criança completamente diferente da que eu conheço e amo.
O Max está correndo para o carro, animado para ir passear. Eu amo o jeito que ele corre; não é tanto um movimento propulsionado para a frente, mas é mais um gingado lado-a-lado, como um pinguim em alta velocidade. Isso é tão Max!
O Max está apontando para uma foto que ele achou no IPad.

“Max, você quer um Lightning McQueen falante do Carros 2 no seu aniversário?” eu pergunto.
“Sim!” ele diz alegremente.
“Você vai querer uma festa no boliche?”
“Sim!” ele diz.
“E você vai querer um bolo de sorvete de chocolate e baunilha?”
“SIM!” ele diz.
Eu amo esse “sim”. Ele é tão Max.
Max está segurando uma batata frita com seus dedos. Isso é uma baita façanha, porque ela é daquela grandona macia e não é fácil pra ele pegar. Ele enrolou seu polegar e seu indicador em volta dela, e ele a está mergulhando no catchup e, cuidadosamente, ele a leva até a boca. E ele faz isso nessa câmera lenta. Isso é tão Max.
Max está me dando um beijo, um grande e barulhento beijo de boca aberta tipicamente acompanhado por um sorriso. Isso é tão Max.

Max está indo descer as escadas sentado no degrau. Ele é capaz de fazer isso na hora de subir se ele segura no corrimão e eu seguro na sua mão, mas ele se sente mais confortável para descer se for sentado. Eu o observo descer…seus cabelos balançam e ele ergue os braços para se equilibrar todas as vezes em que levanta o bumbum. Isso é tão Max.
Está na hora de dormir, e o Max leva a mão à boca, dedos retos, e a balança pra frente e pra trás. É o seu sinal para água. Um pouco mais tarde, ele passa um braço à frente do corpo em um gesto meio Napolão Bonaparte. É o seu sinal para “está frio aqui, por favor, desligue o ar condicionado”. Esses gestos são tão Max!
“Aaaaamãe!” eu ouço. É o Max, me chamando do porão, onde ele está brincando com a Sabrina. “Aaaaamãe!” é minha palavra favorita de todas. Isso é tão Max.
A paralisia cerebral está nos movimentos de Max, seus gestos, maneirismos, postura, sons. Ela não o define, mas ela é parte integral de quem ele é, da mesma forma que a sua irmã caçula tem o seu jeitinho. Por mais que eu pense, às vezes, como Max se moveria, falaria e se comportaria se ele não tivesse PC, no final eu não consigo visualizar nada. Ele não seria a criança que eu conheço e adoro sem a PC.
Mas daí, eu penso, estou sendo egoísta. Porque a PC cria obstáculos para ele. Eu vejo o tempo inteiro que o mundo não é fácil de navegar fisicamente ou de outras formas para uma criança com necessidades especiais, e isso me dói e me deixa ansiosa a respeito do futuro do Max. O que eu queria é que houvesse mais pesquisa dedicada ao tratamento dos problemas que acompanham as deficiências, incluindo a retração muscular e até dores que algumas crianças e adultos com paralisia cerebral têm, e os problemas cardíacos que podem atingir àqueles com Síndrome de Down. Eu queria, também, que houvesse mais aceitação das pessoas com necessidades especiais pela sociedade, para que elas não fossem forçadas a se sentir tão diferentes.
Antes de eu ter o Max, se você tivesse me perguntado se eu gostaria de evitar a paralisia cerebral, eu teria dito SIM sem hesitar. E agora, eu faria todos os músculos do Max se moverem mais facilmente se eu pudesse? Eu o daria a fala com total alcance? Sim, eu daria, assumindo que ele iria concordar. E é aí que a coisa fica total e completamente atordoante. Porque o que eu realmente não desejo é que o garoto que eu amo se transforme em uma outra criança.
Eu farei qualquer coisa que estiver ao meu alcance para pavimentar a estrada que o Max tem que percorrer e fazer seu caminho na vida mais fácil. Mas eu amo ESSE menino, o menino que eu tenho.

sábado, 17 de agosto de 2013

"O afecto ou o ódio mudam a face da justiça." (Pascal)

Criticando a alegada falta de ação de polícia, um grupo de moradores da cidade norte-americana de Detroit decidiu fazer justiça pelas próprias mãos e espancou um homem suspeito de violar uma adolescente
À CNN, as autoridades confirmam que investigaram um caso de violação, denunciado em julho, e que a alegada vítima, uma adolescente com 15 anos e portadora de síndrome de Down, foi levada ao hospital, onde foram recolhidas provas do crime. E confirmam também um atraso na conclusão da investigação. Atraso esse que levou um grupo de moradores do bairro de Hubbard Farms, em Detroit, a tomar o assunto em mãos.
Reconhecendo o alegado violador pelos panfletos distribuídos pelo bairro, perseguiram-no e espancaram-no.

Segundo a CNN, o estado de saúde e o paradeiro do suspeito não são agora conhecidos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mare nostrum. De todos!

Gregos com deficiências nadam graças a cadeira a energia solar
(…)
Clique para saber mais

Pessoas com deficiências físicas podem nadar sozinhas na Grécia graças a uma cadeira movida a energia solar desenvolvida por uma equipe de cientistas. O dispositivo Seatrac permite que os indivíduos entrem e saiam da água de forma autónoma, por meio de um trilho que os leva até o mar e os traz de volta à areia.

O aparelho foi criado em 2008 e protegido por leis de patente europeias e americanas. Ele opera sobre um mecanismo de controle fixo, que permite que até 30 cadeiras de rodas sejam movidas diariamente para dentro e fora do mar.
Atualmente, 11 dispositivos Seatrac estão instalados na Grécia, um país com milhares de ilhas e uma das maiores costas do mundo. Os pesquisadores tentam agora expandir o negócio: o produto já foi exportado para o Chipre, e há negociações com países como Croácia, França, Emirados Árabes Unidos e Israel.
Os criadores do dispositivo também se beneficiaram do clima da Grécia, onde faz sol quase o ano todo, mas ainda há pouca acessibilidade para pessoas com deficiência. Além disso, o Seatrac pode ser configurado facilmente em praias sem rede elétrica e desinstalado ao fim da temporada, sem danos para o meio ambiente.

A equipe espera que o aparelho impulsione o turismo no Mediterrâneo, o setor mais lucrativo da região. Os cientistas lamentam, porém, a falta de apoio das autoridades locais, que compraram o dispositivo por R$ 90.810 cada, e são responsáveis pela manutenção após o primeiro ano de uso.

(…)
Clique para ver o vídeo


terça-feira, 13 de agosto de 2013

"O essencial é invisível aos olhos." (Saint-Exupéry)

Clique para saber mais

Claire Johnson e Mark Gaffey encontraram o amor graças aos respetivos cães-guia, que se tornaram inseparáveis num curso de treino para caninos e invisuais, em Shrewsbury, no Reino Unido. Seguindo o exemplo dos dois animais, o casal de invisuais apaixonou-se e até já marcou casamento.


Venice, a cadela de Claire, e Rodd, o cão de Mark, conheceram-se num curso de cães-guia para invisuais e inspiraram o romance dos donos que viriam a apaixonar-se logo a seguir, graças à aproximação dos dois companheiros.

"Os treinadores disseram que os nossos cães eram o romance sensação daquele curso e foram eles que fizeram com que nos juntássemos", conta Mark Gaffey, citado pelo The Telegraph.

Claire, com 50 anos e cega pela doença da diabetes aos 24, apaixonou-se por Mark, com 52, cego à nascença. Sem pensar em preconceitos, tomou a iniciativa e convidou o colega de curso para um café depois do treino.