domingo, 31 de março de 2013

"Somos sempre levados para o caminho que desejamos percorrer." (Textos Judaicos)


Muitos alunos com dificuldades em Português podem ser músicos em potência ou pintores em gestação. Por isso, é preciso inovar e procurar novos caminhos. Com os professores
(…)
Tal como o prof. Rijo, tenho alertado para as receitas de “mais do mesmo” que caracterizam a resposta ministerial. Se o aluno não está a aprender bem, dão-se mais “aulas de apoio”, com os mesmos métodos e os mesmos livros; se isto não resulta, “retém-se” o estudante e tenta-se de novo da mesma maneira; se também isto falha, vamos para currículo alternativo ou curso CEF (de Educação e Formação). Nos cursos profissionalizantes, os problemas de indisciplina assumem proporções de catástrofe, porque nada se fez para compreender o que de facto se passa com aquele estudante, apenas se pensou enviá-lo para estudos menos exigentes onde, à partida, muitos professores também entendem que não vale a pena investir muito.
Como também salienta o prof. Daniel Rijo, a escola tem de atrair outros saberes, como “o teatro, a dança, as artes”, não numa perspectiva de entretenimento, mas numa visão integrativa do conhecimento. Muitos alunos com dificuldades em Português podem ser músicos em potência ou pintores em gestação. Por isso, é preciso inovar e procurar novos caminhos. Com os professores.
 Publico de 31-03-2013

"A infância é como a água que desce da bica, e nunca mais sobe." (Camilo Castelo Branco)

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Em busca de "cidadãos informados, autónomos,responsáveis, empreendedores, com elevada consciência e participação cívica"


Câmara de Odemira receia que o abandono escolar se agrave com o alargamento da escolaridade obrigatória para o 12.º ano.
(…)
Entre o pré-escolar e o ensino secundário, estão matriculados naquele concelho cerca de 3600 alunos, metade dos quais nos 2.º e 3.º ciclos. A monitorização do seu percurso será um dos objectivos centrais do recém-criado Observatório das Política Educativas do Concelho de Odemira (OPECO). Para a sua concretização, a câmara tem contado com a colaboração dos directores das escolas ali existentes (cinco agrupamentos, que abrangem cerca de 50 estabelecimentos de ensino, três secundárias e uma profissional).
Com a nova ferramenta electrónica será possível não só uma gestão deste sector "mais eficaz e transparente", afirma, como também a obtenção de respostas sobre as razões que levaram a que ainda não tenham atingido as metas definidas para a redução do insucesso e abandono escolar no concelho, um fenómeno que, alerta, "tenderá a agravar-se com o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano".
Segundo o INE, em Odemira a taxa de retenção e desistência no básico era, em 2010/2011, de 9,2% - superior em quase dois pontos percentuais à média nacional. Dois anos antes, estava nos 12,4%, mas a meta fixada era a de a reduzir em 50% até 2011.
Hélder Guerreiro aponta alguns exemplos de respostas que esperam vir a obter com a monitorização do percurso escolar dos estudantes. Perceber "se a variável distância/tempo casa-escola influencia e como o (in)sucesso dos alunos" - Odemira é o maior concelho do país, estendendo-se por 1719 km2 - ou se a frequência de Inglês nas Actividades Extracurriculares do 1.º ciclo tem ou não influência no desempenho nesta disciplina nos 2.º e 3.º ciclos, bem como detectar se serão necessários investimentos específicos para ultrapassar debilidades registadas no início do percurso escolar e que poderão ditar uma reprovação em ciclos seguintes.
A base de dados será alimentada por estes responsáveis, pela autarquia e pelos próprios alunos, uma vez que, acrescenta Guerreiro, o município pretende seguir também os estudantes de Odemira que frequentam o superior. Não só para permitir um olhar completo sobre o percurso escolar, mas também para incentivar o seu regresso ao concelho após o fim dos estudos, pela "manutenção de um vínculo" à sua terra de origem e pela prestação de apoios.
Para já, a câmara e a escola já definiram o perfil do aluno à saída do 12.º ano para o qual devem trabalhar. A fasquia é alta: querem "cidadãos informados, autónomos,responsáveis, empreendedores, com elevada consciência e participação cívica". Entre as apostas seleccionadas para o efeito figuram a promoção das ciências experimentais e da área de expressões artísticas em todos os níveis de ensino.

UMA REFLEXÃO (de) PASCAL

Grato a este endereço
"Dois excessos: excluir a razão, admitir apenas a razão."

FELIZ PÁSCOA!


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sábado, 30 de março de 2013

Honni soit qui mal y pense

Tirada daqui

A Volta à Inclusão em 8 minutos (e 42 segundos)

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"O criminoso, no momento em que pratica o seu crime, é sempre um doente." (Fiodor Dostoievski)


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Projéctil lançado contra a Faculdade de Engenharia da Universidade de Damasco fez 29 feridos, dois deles em estado grave
A guerra ente as forças de Bashar al-Assad e os combatentes da oposição está cada vez mais apontada ao coração da capital síria. Os ataques contra o bastião do regime intensificaram-se esta semana, numa luta pelo controlo de vários pontos importantes da capital. Ontem, alvo foi a Faculdade de Engenharia e Arquitectura da Universidade de Damasco, no distrito de Baramkeh, próxima de vários edifícios emblemáticos, como a residência oficial do Presidente Bashar al-Assad e o Ministério da Defesa.
A agência oficial SANA publicou imagens do estado em que ficou a cantina da faculdade depois do ataque, todas manchadas de sangue. O reitor da Universidade de Damasco, Mohammad Amer al-Mardini, foi o porta-voz do balanço final do ataque: dez estudantes mortos e 29 feridos, dois dos quais em estado crítico. “Ninguém, em nenhum sítio do mundo, pode imaginar um acto mais criminoso do que este”, disse al-Mardini à agência SANA. E fez eco da determinação do regime: “Se o objectivo desde acto criminoso era encerrar a Universidade de Damasco, com toda a sua história, queremos garantir que ela não será encerrada, também como forma de desafiar o inimigo.”(...)
(Público de ontem)

sexta-feira, 29 de março de 2013

O medo é uma cena que também me assiste

MEDOS DE PROFESSORES
Salientam-se, aqui, os três maiores medos dos professores em contexto escolar. O
primeiro medo dos professores, o de que o salário não lhes permita satisfazer as suas
necessidades pessoais e familiares, pode ligar-se à teoria de Erikson (1980), no que
respeita ao estádio produtividade versus estagnação, sobre o desenvolvimento dos
adultos.
Imagem vista aqui
 (…)
O segundo maior medo dos professores liga-se com questões didácticas, prende-se
com o receio de o professor não saber lidar com a desmotivação escolar dos jovens, o
que vai ao encontro de outras investigações, ligadas ao mal-estar docente e aos factores
de insatisfação profissional (Esteve, 1992; Jesus, 2000; Prick, 1989; Trigo-Santos,
1996).
(…)
O terceiro medo relaciona-se com a temática da indisciplina e é o medo de o
professor ter alunos violentos. Este medo constitui, na actualidade, o principal factor de
mal-estar docente para muitos professores (Curto, 1998; Jesus, 2000; Vale & Costa,
1998; Veiga, 2002, 2007), uma vez que nos últimos anos tem havido um aumento da
frequência e da gravidade das situações de violência nas escolas e de indisciplina dos
alunos na sala de aula.
                                                                                            Luísa Fernandes
                                                                                                               Feliciano H. Veiga

quinta-feira, 28 de março de 2013

Regresso ao futuro


Imagem tirada daqui
A educação tem que ser a grande “ideia” para Portugal. Na “escola nova” de que o país precisa, tem que se ser capaz de dotar as “novas gerações” com os instrumentos de qualificação estratégica do futuro. Aliar ao domínio por excelência da tecnologia e das línguas a capacidade de, com criatividade e qualificação, conseguir continuar a manter uma “linha comportamental de justiça social e ética moral”, como bem expressou Ralph Darhendorf. Tem que se ser capaz de, desde o início, incutir nos jovens uma capacidade endógena de “reacção empreendedora” perante os desafios de mudança suscitados pela “sociedade em rede”.
A “cooperação” estratégica entre a escola, o meio social, áreas de conhecimento, campos de tecnologia, não pode parar. Vivemos a era da cooperação em competição e os alicerces da “vantagem competitiva” passam por este caminho. Sob pena de se alienar o “capital intelectual” de construção social de valor de que tanto nos fala Anthony Giddens neste tempo de (re)construção. Na economia global das nações, os “actores do conhecimento” têm que internalizar e desenvolver de forma efectiva práticas de articulação operativa permanente, sob pena de verem desagregada qualquer possibilidade concreta e efectiva de inserção nas redes onde se desenrolam os projectos de cariz estratégico estruturante.
Por isso, a oportunidade e a importância do E-xample. Que, para além dos efeitos ao nível da revolução na utilização das TIC como um instrumento de qualificação pedagógica, teve também o mérito de elevar na escala produtiva empresas portuguesas do sector, aumentando as exportações, consolidando dinâmicas de inovação e reforçando o emprego. É isso que conta nos tempos difíceis que vivemos. Assumir rupturas estratégicas e implantar uma agenda de modernidade para construir um país realmente diferente. A Educação assume-se desta forma como o efectivo da mudança e da construção duma identidade cultural mais forte. O papel das novas gerações é decisivo. São cada vez mais necessários “actores do conhecimento” capazes de induzir dinâmicas de diferenciação qualitativa nos territórios. Capazes de dar sentido à “vantagem competitiva” do país, numa sociedade que se pretende em rede. Por isso, têm que entrar nesta aposta do E-xample, em que a Rota do Futuro não pode passar ao lado. 
Autoria: Francisco Jaime Quesado (Público de hoje)