Todos os anos são afastados de Harvard 17 alunos por
"desonestidade académica", um número pouco expressivo num universo de
21 mil estudantes. Mas desta vez o caso foi longe de mais: 125 alunos foram
castigados com penas que variam entre um aviso disciplinar e o afastamento da
instituição, num escândalo sem memória nos 337 anos de vida de uma das mais
importantes universidades do mundo.(…)
Os casos de afastamento resultam de uma "conduta inaceitável", que
força o aluno em causa a ser "separado da universidade, com o objectivo de
reflectir sobre as suas acções". Segundo
os regulamentos da instituição, os alunos sancionados desta forma devem
sair da universidade, trabalhar durante pelo menos seis meses consecutivos num
emprego não relacionado com a instituição e fora do seu ambiente familiar,
antes de poderem voltar a candidatar-se. Um segundo afastamento leva, na
maioria dos casos, à expulsão definitiva da escola.
Em causa estavam as respostas dos 279 alunos de Introdução
ao Congresso, uma cadeira opcional e considerada de fácil aprovação – uma
espécie de atalho para se obter uma média mais elevada. O teste era para ser
feito em casa, mas o professor da cadeira, Matthew B. Platt, garante que as
regras eram claras: estava proibida a colaboração com professores, assistentes
"ou com qualquer outra pessoa".
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