Do mesmo modo que os Estados Unidos construíram a sua coesão social com base num patriotismo forte, a União Europeia fez-se a partir de uma ideia de Estado social. Destruí-lo é reduzir o projecto europeu à irrelevância.
(…)
Se
os nossos cérebros demonstrarem que somos radicalmente egoístas, é difícil
conseguir uma democracia autêntica. Quando vemos como está a União Europeia
(UE) somos levados a admitir que temos cérebros egoístas que impossibilitam uma
verdadeira democracia. A resposta é que não é assim. Os nossos cérebros têm uma
dimensão egoísta e uma dimensão altruísta.
Que
vem da educação?
E
da evolução. O nosso cérebro está conformado de tal maneira que podemos ser
egoístas ou altruístas. É como naquela história em que o chefe índio estava a
contar aos seus netos que em cada homem há dois lobos: um está a favor da
concórdia e da paz, o outro do egoísmo e violência. E os dois estão a lutar
entre si dentro de cada pessoa. Quando os netos perguntam que lobo ia ganhar, o
avô responde: aquele que alimentarem. Se alimentamos sentimentos de
solidariedade e de responsabilidade, podemos construir boas democracias. de
mentira, fraude, corrupção e das suas consequências.
(…)
Entrevista a Adela Cortina incluída no Público de 20-04-2013
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