A
educação pública exerce uma pressão implacável sobre os alunos para que estes
se conformem. As escolas públicas não foram apenas criadas tendo em vista os
interesses do industrialismo: foram criadas à imagem do industrialismo. Em
muitos sentidos, foram concebidas para apoiar a cultura fabril que reflectem.
Isto é particularmente verdadeiro nos liceus, onde os sistemas escolares
baseiam a educação nos princípios de uma linha de montagem e na divisão eficiente
do trabalho. As escolas dividem o currículo em segmentos especializados: alguns
professores instalam matemática nos alunos e outros instalam história.
Organizam o dia em unidades padronizadas de tempo delimitadas pelo toque das
campainhas, à semelhança do que sucede numa fábrica aquando do início do dia
laboral e do final dos intervalos. Os estudantes são educados em grupos
constituídos de acordo com a idade, como se a coisa mais importante que têm em
comum fosse a sua data de fabrico. São submetidos a exames estandardizados e
são comparados entre si antes de serem enviados para o mercado. Tenho noção de
que esta analogia não é exacta e que passa ao lado de muitas das subtilezas do
sistema, mas é bastante próxima.
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