Os idosos
portugueses estão mais cultos, saudáveis e ativos. A conclusão é de um estudo
da Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS), que adianta ainda que, nos
últimos 12 anos, quase duplicou o número dos seniores que afirmam saber ler.
No
estudo, citado pela Lusa, o presidente da RUTIS - Associação Rede de
Universidades da Terceira Idade, Luís Jacob, explica que "temos hoje
idosos mais ativos e intervenientes e que procuram crescentemente atividades de
lazer e culturais, fruto do seu maior grau de escolarização, de serem autónomos
[durante] mais tempo e das portas que o mundo lhes abre, seja presencialmente,
seja via internet".
Melhoria das
condições de vida foi determinante
A televisão,
a rádio e a "ida ao café" mantêm-se como as principais atividades de
lazer, mas, em 2010, 32% dos idosos já utilizavam a Internet e uma percentagem
crescente tem vindo a interessar-se pela leitura, pelas viagens, pelos
espetáculos culturais e pelo conhecimento.
No entender
de Luís Jacob, as mudanças devem-se "à evolução positiva das condições de
vida" ocorridas na última década em Portugal. Entre 1990 e 2010, a média
das pensões de velhice e invalidez passou de 84,8 euros para 246,4 euros,
enquanto a média das pensões de sobrevivência subiu de 50,9 euros para 147,8
euros.
Os idosos
recebem também, atualmente, uma maior atenção por parte dos cinemas, teatros,
museus e transportes, que promovem descontos para a terceira idade e viram
aumentar muito significativamente o número de universidades seniores no nosso
país, que passaram de 15, em 2001, para 190, em 2012.
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