Os alunos que estudam no ensino público português não
custam todos o mesmo aos cofres do Estado, existindo "profundas
desigualdades" no País. A conclusão é de um estudo do Tribunal de Contas
(TC) revelado esta quinta-feira.
"Há
profundas desigualdades e o Estado não pode ser indiferente a isso. Tem de
introduzir fatores para um maior reforço da aprendizagem para que sejam
reforçados com equidade. Ninguém pode ser prejudicado nem privilegiado",
defendeu o também ex-ministro da Educação.
De
acordo com o especialista, existem grandes diferenças entre os alunos do litoral
e do interior, assim como entre os dos grandes centros urbanos e terras mais
pequenas.
"Há
zonas onde as escolas são mais limitadas", lembrou.
"Hoje,
um país como Portugal, tem de encarar o sistema educativo com a evolução
demográfica", disse Oliveira Martins, lembrando que "o factor
demográfico pode ajudar, porque aponta para uma descida do número de jovens que
chegam à escola".
No
entanto, diz, é preciso "uma forte aposta e investimento para conseguir
recuperar os alunos com mais dificuldades".
O
ex-ministro lembrou que "a educação é um investimento a longo prazo em que
a liberdade de escolha tem de vir a par com a qualidade e equidade".
Já a
especialista da OCDE, Pauline Musset, afirmou que "a educação é
investimento e que, segundo um estudo internacional, cada dólar investido em
educação representa um retorno de sete dólares. A educação rende mais do que o
ouro".
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