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A educação tem que ser a grande “ideia” para Portugal. Na “escola nova” de
que o país precisa, tem que se ser capaz de dotar as “novas gerações” com os
instrumentos de qualificação estratégica do futuro. Aliar ao domínio por
excelência da tecnologia e das línguas a capacidade de, com criatividade e
qualificação, conseguir continuar a manter uma “linha comportamental de justiça
social e ética moral”, como bem expressou Ralph Darhendorf. Tem que se ser
capaz de, desde o início, incutir nos jovens uma capacidade endógena de
“reacção empreendedora” perante os desafios de mudança suscitados pela
“sociedade em rede”.
A “cooperação” estratégica entre a escola, o meio social, áreas de
conhecimento, campos de tecnologia, não pode parar. Vivemos a era da cooperação
em competição e os alicerces da “vantagem competitiva” passam por este caminho.
Sob pena de se alienar o “capital intelectual” de construção social de valor de
que tanto nos fala Anthony Giddens neste tempo de (re)construção. Na economia
global das nações, os “actores do conhecimento” têm que internalizar e
desenvolver de forma efectiva práticas de articulação operativa permanente, sob
pena de verem desagregada qualquer possibilidade concreta e efectiva de
inserção nas redes onde se desenrolam os projectos de cariz estratégico
estruturante.
Por isso, a oportunidade e a importância do E-xample. Que, para
além dos efeitos ao nível da revolução na utilização das TIC como um
instrumento de qualificação pedagógica, teve também o mérito de elevar na
escala produtiva empresas portuguesas do sector, aumentando as exportações,
consolidando dinâmicas de inovação e reforçando o emprego. É isso que conta nos
tempos difíceis que vivemos. Assumir rupturas estratégicas e implantar uma
agenda de modernidade para construir um país realmente diferente. A Educação
assume-se desta forma como o efectivo da mudança e da construção duma identidade
cultural mais forte. O papel das novas gerações é decisivo. São cada vez mais
necessários “actores do conhecimento” capazes de induzir dinâmicas de
diferenciação qualitativa nos territórios. Capazes de dar sentido à “vantagem
competitiva” do país, numa sociedade que se pretende em rede. Por isso, têm que
entrar nesta aposta do E-xample, em que a Rota do Futuro não pode passar ao
lado.
Autoria: Francisco Jaime Quesado (Público de hoje)
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