Há condições para fazer exames no 4.º ano?
A poupança, sempre a poupança, obriga a que os
alunos do 4.º ano, nos dias em que vão realizar os
exames nacionais, deixem as suas escolas, as suas salas de aula
e vão para a escola sede de agrupamento, para as salas dos mais velhos, fazer
os exames.
As escolas nem sabem muito bem como é que isso se põe em prática já que os alunos dos outros anos não estarão a fazer exames porque aqueles serão dias normais de aulas... É mais uma daquelas decisões tomadas no impulso da poupança. Pensa-se, diz-se, manda-se uma circular e depois a escola lá há-de arranjar uma solução, habituada que está a fazê-lo noutras circunstâncias.
Isso também me aconteceu mas por razões diferentes: como andava numa escola sem paralelismo pedagógico o exame era obrigatório para certificar que tinha sido bem ensinada. Fomos o dia todo para a secundária da zona, gigante à vista da nossa pequena escola. O dia todo porque tinhamos exame de cada uma das disciplinas (Português, Matemática e Estudo do Meio) e ainda havia umas orais para fazer no final. Lembro-me da ansiedade sentida por não estar na minha escola, da angústia de não ver a minha professora e do alívio que senti ao ver que tinha sido designada para a sala, para fazer a vigilância, uma das professoras da escola, que nos sorriu mal entrou, sossegando-me.
Aos oito/nove anos continua a fazer-nos falta a estabilidade – não faz falta a vida inteira? –, o conhecermos o espaço, o estarmos ambientados, o estarmos bem. Não vou dizer que os meninos vão ter piores resultados porque não estão no seu meio, mas era desnecessário obrigá-los a isto. Se não há condições monetárias para fazer exames, não se fazem que não vem mal ao mundo.
BW
As escolas nem sabem muito bem como é que isso se põe em prática já que os alunos dos outros anos não estarão a fazer exames porque aqueles serão dias normais de aulas... É mais uma daquelas decisões tomadas no impulso da poupança. Pensa-se, diz-se, manda-se uma circular e depois a escola lá há-de arranjar uma solução, habituada que está a fazê-lo noutras circunstâncias.
Isso também me aconteceu mas por razões diferentes: como andava numa escola sem paralelismo pedagógico o exame era obrigatório para certificar que tinha sido bem ensinada. Fomos o dia todo para a secundária da zona, gigante à vista da nossa pequena escola. O dia todo porque tinhamos exame de cada uma das disciplinas (Português, Matemática e Estudo do Meio) e ainda havia umas orais para fazer no final. Lembro-me da ansiedade sentida por não estar na minha escola, da angústia de não ver a minha professora e do alívio que senti ao ver que tinha sido designada para a sala, para fazer a vigilância, uma das professoras da escola, que nos sorriu mal entrou, sossegando-me.
Aos oito/nove anos continua a fazer-nos falta a estabilidade – não faz falta a vida inteira? –, o conhecermos o espaço, o estarmos ambientados, o estarmos bem. Não vou dizer que os meninos vão ter piores resultados porque não estão no seu meio, mas era desnecessário obrigá-los a isto. Se não há condições monetárias para fazer exames, não se fazem que não vem mal ao mundo.
BW
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