Grupo usa restos de outros veículos e
materiais reciclados no projeto. Katrielle experimentou a sensação de andar de
bicicleta aos 16 anos.
Restos de bicicletas, partes de churrasqueiras e
outros materiais reciclados são transformados em bicicletas adaptadas para
serem usadas por pessoas que têm algum tipo de deficiência na Região
Metropolitana de Porto Alegre. Ainda em fase de testes, o projeto nasceu da
parceria entre uma ONG e um comerciante, dono de uma oficina de bicicletas na
cidade de Alvorada.
Com o projeto, a estudante Katrielle Arruda
Silveira realizou o sonho de andar de bicicleta aos 16 anos. Ela não pode usar
os pés devido a uma paralisia que lhe tirou os movimentos das pernas e a obriga
a andar de muletas. No veículo adaptado, ela usa as mãos. “É um sonho, nunca
andei, agora é uma experiência nova poder andar de bicicleta e acompanhar minha
irmã”, disse. “É uma luta, ela sempre teve o sonho de andar de bicicleta e
nunca conseguiu. Agora apareceu a oportunidade e ela está muito feliz”,
acrescentou a mãe, emocionada.
Com deficiência visual, a adolescente Vanessa
Rodrigues, de 17 anos, também foi beneficiada com uma bicicleta adaptada. O
veículo reúne duas bicicletas, e uma delas é pedalada por outra pessoa. “A
sensação de andar de bicicleta é muito boa”, resumiu.
O objetivo dos idealizadores do projeto, agora, é
conseguir ajuda e patrocínio. Josué Aguiar, coordenador da ONG Embrião,
também pede que pessoas que têm bicicletas velhas, sem uso, procurem a ONG para
doações. “Para nós vai ter essa utilidade social, que é beneficiar outras
pessoas”, ressaltou.
O comerciante Adalberto Fortes diz que o projeto
foi pensado para proporcionar a essas pessoas a realização de uma atividade
física. Por isso os equipamentos não são elétricos, eles exigem a participação
de quem usa. “Eles têm que se locomover. Então desenvolvi essa bicicleta que dá
tanto para um como para outro participar de um passeio ciclístico”, explicou.
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