Comissão Europeia aponta
Portugal como um dos Estados que mais cortaram no orçamento da educação.
Redução de pessoal, diminuição de salários e reorganização da rede escolar são
as principais causas
Portugal
está entre os Estados-membros da União Europeia (UE) que, desde 2010, menos
investiram na educação, indica um estudo divulgado ontem pela Comissão
Europeia. O relatório abrange 25 países da UE e conclui que, para além de
Portugal, também Chipre, Hungria, Grécia, Letónia, Lituânia, Reino Unido (País
de Gales), Itália e Croácia cortaram mais de 5% nos orçamentos da educação.
O
sector “não está imune a medidas de austeridade, particularmente em países onde
a necessidade de consolidação fiscal é maior”, constata-se no estudo. Portugal
é um destes países, o que se tem vindo a traduzir, desde 2010, em cortes nos
gastos no âmbito da educação.
Embora
quase todos os países europeus estivessem em recessão em 2009, só Portugal e a
Roménia registaram uma redução das despesas públicas na educação em percentagem
do Produto Interno Bruto. Em 2010, aproximadamente 5% do PIB português era
aplicado no ensino. Dados provisórios da Direcção-Geral do Orçamento indicam
que a despesa com educação em percentagem do PIB — ou seja, o peso das despesas
com educação na riqueza gerada pelo país — deverá descer para 4% em 2013.
(…)
Embora
a generalidade dos Estados-membros da UE tenha, desde 2010, reduzido os gastos
no sector da educação, países como a Áustria, Dinamarca, Luxemburgo, Malta,
Suécia e a comunidade germanófona da Bélgica aumentaram em mais de 1% a
despesa.
(Público de hoje)
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