quarta-feira, 10 de julho de 2013

Presos à leitura


Presos lendo Shakespeare e…Agatha, claro

Apaixonado por literatura, o presidiário Carlos Anderson Aguiar, de 26 anos, não pensou duas vezes antes de escolher obras de Shakespeare para participar de um projeto desenvolvido por uma parceria entre a Secretaria de Segurança Pública e a Universidade de Brasília para remissão de pena por meio de leitura. A proposta é que os detentos que obtiverem média 7 ou superior na resenha de 12 livros lidos ao longo de um ano passem 48 dias a menos na cadeia.
“Escolhi [começar com "Os dois cavaleiros de Verona"] inspirado em “Romeu e Julieta”, afinal, o cara que escreveu o maior romance do mundo certamente só fez coisa boa, não é?”, explica o detento Aguiar. “Eu gostei muito. Conta a história de dois amigos, é muito interessante. Li duas vezes para depois treinar o texto.”
(…) Entre as obras mais procuradas estão as de Sidney Sheldon, Jorge Amado e Agatha Christie. Até então, as bibliotecas faziam cerca de 350 empréstimos por semana, mas a expectativa é de que o número suba a partir do projeto. De acordo com Neiva, a maior parte dos 7 mil livros foram doados, sendo 30% didáticos e 70% literários. Quando um preso quer um exemplar que ainda não chegou ao local, ele pode pedir à família, mas deve disponibilizar aos colegas depois de terminar a leitura.



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