A crise está a fazer com que pais e
professores aumentem a pressão que exercem sobre as crianças para serem
"alguém no futuro", sufocando-as com exigência e contribuindo para
desencadear perturbações obsessivo-compulsivas, constata a investigadora Maria
José Araújo.
"A maioria das crianças tem imensos
trabalhos para casa (TPC) para fazer depois do horário escolar e sentem-se
sufocadas com a pressão dos pais, da escola, mas também dos centros de estudo e
do ATL (atividades de tempos livres), que não compreendem que depois das aulas
elas precisam de brincar. Com a crise, a pressão está a aumentar imenso",
afirma à agência Lusa a investigadora com experiência de trabalho com crianças
nesta área.
Maria José Araújo considera que é necessário
refletir sobre a angústia dos pais, sobre o que significa a excelência e o
sucesso, já que as crianças são diferentes e têm ritmos de vida que devem ser
respeitados.
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