Entendeu um jornal diário português promover um concurso para escolher o melhor professor que se
designará por "Professor do ano". Em concreto, no anúncio pode ler-se
que "lançou um projecto para dar a conhecer os bons exemplos desde o 1.º
ciclo até ao secundário". Acrescenta que "tem de ser a comunidade
educativa a indicar um professor que considera exemplar e inspirador,
apresentando-o através de um projecto multimédia."
A selecção
será feita a cada mês e quem conseguir o primeiro lugar receberá o merecido
prémio: um computador. Os vencedores dos diversos meses do ano lectivo ficarão
apurados para a final, tendo o melhor dos melhores um prémio... surpresa.
Mesmo considerando a boa vontade dos organizadores deste concurso, das comunidades que apresentarão os seus professores preferidos, dos professores que aceitarão os prémios, entendo, provavelmente ao arrepio de todos ou de quase todos, que não é por aqui...
Não é por aqui que se consegue melhorar o ensino: o ensino melhorará quando, como sociedade, nos empenhamos, não em ter o "melhor professor do mês ou do ano", mas "os melhores professores". E, já agora, proporcionando-lhes condições adequadas para eles exercerem a sua acção (o que tem muito pouco a ver com computadores). Foi isso que aconteceu na Finlândia, a que tantos nos referimos, mas que tão pouco seguimos...
Neste breve texto, permito-me não me pronunciar sobre os critérios que as comunidades seguirão... e muito menos sobre a ligação desta iniciativa a uma certa empresa que assegura o financiamento.
Mesmo considerando a boa vontade dos organizadores deste concurso, das comunidades que apresentarão os seus professores preferidos, dos professores que aceitarão os prémios, entendo, provavelmente ao arrepio de todos ou de quase todos, que não é por aqui...
Não é por aqui que se consegue melhorar o ensino: o ensino melhorará quando, como sociedade, nos empenhamos, não em ter o "melhor professor do mês ou do ano", mas "os melhores professores". E, já agora, proporcionando-lhes condições adequadas para eles exercerem a sua acção (o que tem muito pouco a ver com computadores). Foi isso que aconteceu na Finlândia, a que tantos nos referimos, mas que tão pouco seguimos...
Neste breve texto, permito-me não me pronunciar sobre os critérios que as comunidades seguirão... e muito menos sobre a ligação desta iniciativa a uma certa empresa que assegura o financiamento.
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