A mãe de Aline Favaro matriculou a filha em uma aula
de ballet clássico aos oitos anos de idade para que a filha se pudesse exercitar.
O hobby transformou-se em profissão e hoje, aos 30 anos, Aline é a única
bailarina com síndrome de Down no Brasil a dançar com sapatilhas de ponta. A
dança, que já levou a jovem a conhecer outros países e lançar o livro A Bailarina Especial,
também tem provocado grandes transformações na vida de outras pessoas com
síndrome de Down.
A atividade física é recomendada para diminuir os
fatores de risco de doenças cardiovasculares, dos distúrbios do aparelho
locomotor e até mesmo da depressão e ansiedade, condições que muitas vezes
afetam as pessoas com a síndrome. Além do exercício em si, há os aspetos
terapêuticos. A dança é um meio de tornar os indivíduos independentes e
atuantes na comunidade, os incentiva a enfrentar barreiras e romper
preconceitos.
Marcela Máximo, na foto ao lado, tem 19 anos e começou
a dançar aos cinco. A jovem revela que inicialmente foi matriculada na aula de
ballet clássico mas preferiu seguir outro caminho. ”Pedi à minha mãe para me colocar no jazz. Eu acho
jazz mais legal, mais animado. Lá na aula eu converso com as minhas amigas. Amo
dançar e danço muito bem. Divirto-me e cuido da minha saúde”.
Projeto reúne dançarinos com síndrome de Down
O Grupo Incluart, de Cuiabá, Mato Grosso do Sul,
desenvolve um trabalho de inclusão social através da dança desde março de
2011. O projeto “UP Down – Inclusão, Cultura e Qualidade de Vida”, reúne 24
dançarinos, 14 com síndrome Down. A
iniciativa surgiu quando alguns pais de pessoas com síndrome de Down
identificaram a necessidade de preencher o tempo de seus filhos com uma
atividade capaz de proporcionar qualidade de vida e elevação da
autoestima.
O grupo apresenta-se em eventos e participa em
trabalhos em universidades e escolas, além de festivais de dança. Regina
Carvalho, professora e presidente do projeto, realça que os benefícios da dança
são para todos. “A dança contribui para estimular a descoberta de
potencialidades adormecidas, proporciona a aceitação e valorização das
diferenças, melhora os recursos da comunicação e desenvolve as capacidades
cognitivas, a motivação e a memória”.
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