Eis uma notícia oportuníssima que enfatiza, uma vez mais, a problemática da inclusão e a necessidade de integrar social dos indivíduos portadores de deficiência. No entanto, em Portugal, assiste-se precisamente a uma política educativa em contracorrente ao apelo lançado pelo secretário-geral das Nações Unidas.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez hoje um apelo aos países para promoverem a integração social das pessoas com deficiência, na cerimónia que antecede o arranque da assembleia-geral da organização.
"Demasiadas pessoas com deficiência vivem em situação de pobreza. Muitos sofrem de exclusão social. Muitos não têm acesso aos sistemas legais de apoio social, educação, emprego e saúde", disse Ban Ki-moon, numa cerimónia que contou com a presença do músico invisual Stevie Wonder e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
A reunião foi considerada por Ban Ki-moon, um "momento histórico" para cerca de 15% da população mundial que tem algum tipo de deficiência.
No encontro, os países membros aprovaram a obrigatoriedade de incluir os direitos das pessoas com deficiência na próxima agenda para o desenvolvimento, que sucederá aos Objetivos do Milénio e deverá ser aprovada em 2015.
"Para a sociedade e o desenvolvimento incluírem as pessoas com deficiência, é preciso garantir a igualdade de acesso à educação, ao conhecimento e à informação", afirmou Stevie Wonder.
A ONU estima que 360 milhões de pessoas têm perda auditiva moderada a profunda, mas apenas 10 por cento têm acesso a aparelhos auditivos. Cerca de 200 milhões de pessoas precisam de óculos, mas não têm acesso a eles, e apenas entre 5 a 15 por cento dos 70 milhões de pessoas que precisam de cadeiras de rodas têm acesso a uma.
"Eu sei que, trabalhando juntos, podemos criar um mundo onde as pessoas com deficiência não têm limites, podem trabalhar de forma livre, aproveitar a vida e contribuir com o seu talento para a sociedade", concluiu o músico americano.
In: RTP via FB
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