domingo, 31 de janeiro de 2016

DIES DOMINICUS


A palavra é originária do latim dies Dominicus, que significa "dia do Senhor". Existe, nessa mesma acepção, em castelhano (Domingo), italiano (Domenica), francês(Dimanche) e em todas as línguas de origem latina.
Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol o que originou outras denominações para este dia, em inglês diz-se Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol". Por ser Roma uma cidade cosmopolita e sede de um vasto império, afluíram a ela povos de diversas culturas, que incluíam na bagagem cultural inúmeras crenças, as quais eram recebidas e reconhecidas pelos romanos. Entre elas, teria-se associado às crenças dos latinossabinos e etruscos a reverência ao primeiro dia da semana. Em outras línguas e países, ainda permanecem expressões oriundas de cultos pagãos e deuses mitológicos antigos, como aqueles oriundos dos babilônicos, com base no fato do 1º dia a semana ser dedicado ao deus Shamash, o Sol (o senhor do culto solar) segundo as crenças daquele povo, bem como dos assírios e egípcias, que reverenciavam como deus maior o sol, o deus , conforme foi também comentado por Gerald Messadié, em História Geral do Antisemitismo. Sem contar os tantos outros povos adoradores do Sol, como as civilizações anteriores aCristóvão Colombo das Américas.
Cristianismo[editar | editar código-fonte]
Ao garantir a liberdade de culto aos Cristãos no ano 313 A.D o Imperador Constantino, deu-lhes o direito de reunirem-se publicamente aos Domingos para celebrarem seu culto em honra e memória a ressurreição de Cristo. Este dia de celebração havia sido fixado pela tradição apostólica e observado como dia de descanso pelos primeiros cristãos.
Em 7 de março de 321, Constantino o Grande, decreta de modo a favorecer os Cristãos que o Domingo seria observado como dia repouso civil:
"Que no venerável dia do sol os magistrados e as pessoas residentes nas cidades descansem, e que todas as oficinas, estejam fechadas, No campo ainda assim que as pessoas ocupadas na agricultura possam livremente continuar seus afazeres pois pode acontecer que qualquer outro dia não seja apto para a plantação de vinhas ou de sementes..."[4]

Devido a fatores históricos e culturais as três religiões abrâmicas (judaísmo, islamismo e cristianismo), possuem dias sagrados diferentes, respectivamente a sexta-feira para os muçulmanos, o sábado para os judeus e o domingo para os cristãos. Por serem judeus, os primeiros cristãos guardavam o dia de sábado, mas reuniam-se no primeiro dia da semana (Domingo) para celebrarem a eucaristia em memória da ressurreição de Cristo. No livro de Atos 20:7 vemos que os discípulos se reuniram no "primeiro dia da semana e partiram o pão" juntos.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Há sempre uma primeira vez


A Lego vai lançar pela primeira vez uma figura numa cadeira de rodas.

(...) Fãs da Lego repararam na novidade durante as feiras de brinquedos de Londres e Nuremberga, onde a marca apresentou os novos conjuntos que vão ser lançados durante este ano.

Esta novidade é particularmente significativa, visto que a Lego se encontrou envolvida recentemente numa polémica pela falta de diversidade apresentada nos seus produtos. No ano passado tinha surgido, no seguimento de uma campanha ativa no Twitter com nome #ToyLikeMe (Brinquedo Como Eu), uma petição pública online que agregou mais de 20 mil assinaturas. O objetivo era fazer com que a marca diversificasse e passasse a incluir brinquedos representativos de pessoas com deficiência.

Uma cocriadora da petição, Rebecca Atkinson, tinha publicado no passado mês de dezembro um artigo de opinião (...) no qual referia que “a marca continua a excluir 150 milhões de crianças com deficiência pelo mundo fora, ao falhar em representá-los de forma positiva nos seus produtos”. Para ela, “mais do que valores de venda”, trata-se de concretizar uma mudança cultural que pode ser atingida com o uso positivo da tremenda influência que uma marca como a Lego possui.

Depois da divulgação da inclusão dos novos brinquedos, a página da petição lançou uma nova atualização, onde é possível ler que a equipa se encontra “genuinamente com lágrimas de felicidade” com este anúncio. A primeira figura com deficiência estará incluída na colecção “Fun In The Park” (Diversão No Parque), a ser lançada durante o verão.

Fonte: Público por indicação de Livresco


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Tecnologia inclusiva


Braile é um sistema de leitura que permite a deficientes visuais «ler com as mãos», identificando cada letra ou símbolo através do tacto. Livros e outros produtos em braile geralmente imprimem o seu conteúdo em alto-relevo, para que pessoas cegas possam tocar e compreender. No entanto, isso não é possível com as telas touchscreen de smartphones e tablets. Por enquanto.

Investigadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram um tablet (ou, em termos mais exactos, um leitor electrónico como o Kindle, da Amazon) que gera letras em braile sobre a tela. Um sistema de ar comprimido empurra pequenos pinos para a superfície, gerando o alto-relevo.


A cada virar de página, as letras realinham-se e mudam o conteúdo sobre a tela. Não é a primeira vez que esta tecnologia é usada, porém, visto que em 2013 cientistas da Índia criaram um telemóvel cujo display também ganhava relevo com o toque. No caso do «Kindle em braile», o protótipo deve ficar pronto em Setembro deste ano, segundo o jornal Daily Mail -> notícia aqui.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Um rico filho ou um filho rico?

A ideia de que a teimosia é um defeito já passou à história. Agora não precisa de substituir a palavra por persistência ou perseverança para ser uma qualidade. E quem o diz é um novo estudo.
Se está farto de chamar os seus filhos de teimosos, saiba que isso já não é um mero traço de personalidade. Aliás, as crianças com grande força de vontade (considerada uma qualidade) são, por natureza, teimosas, e no futuro isso pode evitar que sigam más companhias e se metam em sarilhos.
O estudo que deu azo a tais conclusões foi publicado na Time e seguiu vários estudantes — o número total não foi divulgado — desde a escola primária até se tornarem adultos, acabando por concluir que as crianças que quebram as regras e desafiam os pais tendem a tornar-se excelentes alunos e mais bem pagos.
Com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos, as crianças foram avaliadas pelos traços de personalidade e pelo desafio. Após 40 anos, os investigadores foram saber o que lhes tinha acontecido e descobriram que quebrar as regras e reagir à autoridade parental são indicadores de um melhor salário.
Apesar de o estudo não explicar o porquê de haver uma correlação tão grande entre as duas situações, os autores acreditam que essas crianças são mais competitivas nas salas de aula, o que leva ao aumento das notas. Em adultos serão mais exigentes, dispostos a lutar pelos seus interesses financeiros e a não receber um cêntimo a menos do que merecem, mesmo que isso acabe por irritar os colegas e os amigos.

Como saber se tem um filho com força de vontade?

As crianças com força de vontade defendem aquilo em que acreditam mesmo que não faça sentido e vão atrás do que querem, custe o que custar. Qualquer semelhança com a definição de teimosia não é pura coincidência.

Estas crianças tendem a fazer o que está certo e não tanto a seguir o que os amigos fazem. Se forem bem guiados pelos pais podem tornar-se bastante motivados e com espírito de liderança. Mas como nem tudo é um mar de rosas, até a recompensa chegar esperam-lhes muitos anos de discussões e de filhos que levam sempre a sua avante.

O segredo? A comunicação. Oiça o ponto de vista do seu filho e até pode encontrar alguma lógica no que ele defende, negoceie e faça cedências. Não vai ser fácil, mas nunca ninguém disse que era fácil educar um futuro rico.



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Dá-me licença?


No próximo dia 30 de Janeiro, a associação PAIS 21 vai realizar no Porto (Matosinhos), o workshop sobre competências Sociais à entrada da puberdade, dirigido a pais, professores e técnicos de jovens com NEE e tem um valor de inscrição de 10 euros.

Inscrições: info@pais21.pt

Sítio Web http://pais21.pt

Fonte: DGEstE

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Pró: ser apoio. Contra: ser temporário

O apoio financeiro à qualificação de deficientes será temporário e deverá ter o valor de 7,3 milhões de euros. O impacto deve recair em 125 entidades e 8 mil beneficiários.
O Governo vai criar um apoio financeiro temporário, para qualificação de deficientes, no valor de 7,3 milhões de euros, que pode envolver 125 entidades e 8.000 beneficiários.(…)
A medida, temporária, destina-se a “colmatar o vazio de resposta provocado pela descontinuidade no financiamento entre programas comunitários”.
Um problema, acrescenta o Governo, devido a uma falha na programação de candidaturas relativas à qualificação de pessoas com deficiência e incapacidade.
“Encontrava-se, neste momento, em risco, o funcionamento de 125 entidades, a qualificação e a promoção da empregabilidade de cerca de 8.000 beneficiários e o emprego de milhares de trabalhadores destas organizações”, segundo o Governo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

...identificar, projetar e desenvolver experiências concretas...

No âmbito do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações, a Fundação Calouste Gulbenkian continua a apoiar atividades e ações inovadoras que promovam a educação, designadamente no âmbito da intervenção precoce, reabilitação e integração escolar e social das crianças e jovens com necessidades educativas especiais. Estes projetos devem identificar, projetar e desenvolver experiências concretas, que permitam criar condições para uma efetiva melhoria da qualidade das aprendizagens destas crianças e jovens.

As candidaturas podem ser enviadas para o Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações, de 01 de Fevereiro até ao dia 04 de Março, por instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos, legalmente reconhecidas, que apresentem projetos consonantes com o objeto do concurso, nos termos do Regulamento.

Mais informações em http://www.gulbenkian.pt/

Candidaturas on-line http://candidaturas.gulbenkian.pt/

Fonte: DGEstE


sábado, 23 de janeiro de 2016

Jovens prodígios, que os há, há!

Crianças com NEE - Crianças Sobredotadas

Clique para ver



Crianças sobredotadas, crianças prodígio, são algumas das expressões a que nos habituamos quando alguma criança demonstra "talentos execionais" numa determinada área ou em várias áreas do conhecimento, mas que se distinguem das outras crianças pelo elevado padrão de conhecimento que demonstram possuir para a sua faixa etária.

Uma realidade ainda pouco discutida no contexto educativo português, para a qual as escolas e os professores ainda não estão preparados para dar resposta.

Um programa que vale a pena ver!


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A entrada é livre

Projeto "Comparação dos exames nacionais em Portugal com os de 12 outros países"


A 8a conferência pública mensal promovida pelo projeto em epígrafe pretende contribuir para aprofundar a discussão em Portugal sobre os exames, através do estudo de outros sistemas educativos e dos seus exames.

A oitava conferência pública será:


8ª sessão - 23 de janeiro de 2016, 10h, sala Pedro Nunes
"O sistema de ensino alemão" por Renate Matthias, Diretora da Escola Alemã de Lisboa.


Nesta apresentação será explorado o sistema de ensino alemão, nomeadamente os três percursos alternativos que os alunos podem seguir assim que terminam a escola Primária.


Dependendo do tipo de escola estudam durante 9, 10 ou 12/13 anos fazendo no final um exame que lhes abre a porta seja à formação profissional, seja aos estudos universitários. Ao escolherem a formação profissional os alunos fazem a formação prática numa empresa e – ao mesmo tempo – completam a formação teórica numa escola profissional (sistema DUAL).


O projeto "Comparação dos exames nacionais em Portugal com os de 12 outros países" é financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e as conferências decorrem todas no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.
  A entrada é livre

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Grito - Som forte,elevado e estridente, emitido por uma pessoa, para ser ouvido ao longe.

Imagem tirada daqui
Texto do Sol de 9 de janeiro de 2016.

Vários estudos de psicologia indicam que as crianças cujos pais usam frequentemente os gritos e os insultos para os disciplinar têm mais incidência de baixa auto-estima, ansiedade e depressão. Os especialistas dizem mesmo que a agressão verbal através dos gritos e de rótulos depreciativos são tão nefastos como a agressão física, escreve o site Psichology Today.
Os especialistas dão três conselhos-chave para não perder a cabeça e evitar ao máximo gritar com os seus filhos.
1 – Seja um bom ouvinte
Se estiver a meio de um conflito, ouça o seu filho e mostre o desejo genuíno de ouvir como se sente. Evite julgar demasiado, o que vai deixar a criaqnça fragilizada e na defensiva. “Diz-me se faz favor por que estás tão zangado” é uma frase que pode fazer mudar o rumo do conflito. Mas diga-a de forma calma e ouça de seguida o que a criança tem para dizer. Mesmo que não responda logo, o seu filho fica com ‘a porta aberta’ para parilhar as suas emoções e pensamentos consigo mais tarde.
2 – Use a compreensão para se acalmar a si mesmo
Ouvir a criança como aconselhado no primeiro ponto ajuda-o enquanto pai e aprofundar e perceber o que na verdade se passa com a criança que está a desafiar. Perceber pode não o travar de gritar, mas vai ajudar. Tente analisar o que quer que mude no comportamento da criança e explique-lhe o corecto. Perceba também que alguma coisa pode estar a provocar o comportamento desafiador. Quanto mais se acalmar, menos impulsivo vai estar e reduz as probabilidades de gritar.
3 – Não leve tudo demasiado a peito
Ser desafiador faz parte do crescimento e não é dirigido a si. A criança que está a desafiar ou a fazer uma birra está na verdade a cumprir as suas lutas interiores, desafios e a organizar-se emocionalmente, Embora esteja a provocá-lo não é dirigido a si. Tenha isto em mente para não se sentir tão frustrado e o risco de desatar aos gritos vai ser menor.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Alguns pressentem a chuva; outros contentam-se em molhar-se.(Henry Miller)




A GNR de Viseu anunciou que vai distribuir livros em braille, com conteúdos de segurança, aos cegos do distrito com mais de 50 anos, numa iniciativa que prevê ainda o aconselhamento para a prevenção de burlas. Segundo o responsável pelas relações públicas da GNR de Viseu, José Machado, a acção conta com a colaboração da delegação de local da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), que foi “fundamental para identificar os invisuais do distrito”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Desistir não é opção

Ministério Público deu orientações expressas aos magistrados: mesmo que comissões de proteção de menores arquivem os casos, a Justiça tem de insistir. Há 2300 alunos que deixaram de estudar
Os procuradores do Ministério Público vão ser obrigados a dar mais atenção às crianças em situações de abandono escolar, com ordens expressas para não arquivar os processos enquanto o aluno for menor, mesmo nos casos em que as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) tenham "desistido". Estas orientações foram definidas em novembro pela procuradora-geral distrital do Porto, Raquel Desterro - que lidera o Ministério Público (MP) local - mas, segundo o que o DN apurou, estarão já a ser seguidas pelo distrito judicial de Lisboa. No total, em 2014 as comissões registaram 2296 casos de abandono escolar, área onde Portugal continua bem acima da média europeia.
Clique para continuar a ler

Gratuito e interessante

"As Leis das Crianças e Jovens – Reforma de 2015"





domingo, 17 de janeiro de 2016

...nem domingo sem missa...

Não há sábado sem sol, nem domingo sem missa, nem segunda sem preguiça
por Raúl Iturra
Podemos continuar com os ditados que orientam a nossa vida, ou nos oferecem uma esperança no meio do maior dos desastres que o governo português nos tem oferecido: crises económicas, falta de dinheiro, restrições alimentares, dificuldades em comprar fármacos para melhorar a nossa saúde. Não deve ser uma novidade para o povo a falta de nutrição, especialmente desde a Primeira República, em 1910, até o 25 de Abril de 1974. No entanto, fala-se do bom povo português pela sua capacidade de sofrimento e de aceitar a vida como tem que ser, pelos falhanços ou de governação, ou da criação de indústrias transformadores, referidas no meu texto de 3 de Março de 2011: quem pensa não casa; quem casa não pensa, ditado que analisara com metodologia semiológica e bastante hermenêutica. Conceito este, que abre o segredo contido nas palavras ou interpreta o sentido das palavras, metodologia que, infelizmente é pouco usada. Como seria possível entender Adam Smith, se não diferenciamos entre inclinação natural ao trabalho e escavar a terra, também trabalho, mas entregue aos mais desvalidos da nação britânica, como em todos os países do mundo, especialmente no próximo oriente, com um Khadafi que organiza uma guerra civil na Líbia para se manter no poder, ou um Mubarack no Egipto, que saiu calado do poder.
O povo sofre com ou sem ditador. Porque há um que ninguém refere: o capital, essa forma de trabalho que subordina os pobres, ao poder dos financistas e proprietários de terra e de indústrias. Como Champalimaud e Azevedo, ou Heredias e van Udem, os Espírito Santo, nome conveniente, porque o saber da banca está com eles por inspiração divina… ou os Costa, família de músicos aprendida desde o avô Luís Costa. A música e a interpretação dão regalias da qual o povo carece, até edifícios de música, nomeado em honra da melhor pianista portuguesa, Helena de Sá e Costa, e a sua irmã, a violoncelista Dona Madalena
É apenas pela hermenêutica da comparação que podemos entender o ditado que intitula este texto. Esse Sábado sem sol é o anseio para descansar do operariado, dos duros trabalhos da semana, se não tiver turno de trabalho no sábado com ou sem sol. Um Sábado com sol, é uma jóia para quem passa todo o seu tempo entre quatro paredes, a limpar, estucar, construir e finalizar uma casa. Um sábado com sol é a alegria da casa. Para a Burguesia e a Pequena Burguesia, conceito cunhados por Kart Marx ao longo de toda a sua obra, o Sábado é o dia em que se dorme mais, com toda a semana em frente para andar, como diria o escritor chileno Baldomero Lillo Figueroa, considerado um mestre do realismo social no seu país (n. Lota, 6 de Janeiro de 1867 - San Bernardo, 10 de Setembro de 1923).
Entre as suas obras principais encontram-se as colecções de contos Subterra (1904, série de relatos dramáticos baseados nos mineiros do carvão de Lota) e Subsole (1907, contos menos dramáticos, baseados na vida rural). Tanto, para sábado sem sol.
Quanto a Domingo sem Missa, é quase uma frase de tempos passados, quando o nosso país vivia sob o poder da Concordata, e das amizades do Cardeal Cerejeira e da ditadura que governava o país. A seguir ao 25 de Abril, o país virou ateu, excepto a devoção de crentes e não crentes ao santuário onde teria aparecido a Nossa Senhora de Fátima. Bem sabemos que há a metáfora de um profeta, denominado Jesus, que tinha uma mãe que, além de casta, era polivalente: do Carmo, Fátima, do Rosário, do Pilar, a Virgem Negra de Monserrate, etc., conforme as conveniências dos fiéis, como a Nossa Senhora de Knock, na Irlanda, desde 1879, quando a República estava submetida à Monarquia Britânica, ou de Guadalupe, no México – é considerada pelos católicos a Padroeira da Cidade do México (1737), do México (1895), da América Latina (1945) e Imperatriz da América (2000). Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua, Juan Diego Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9 de Dezembro de 1531. Deste facto nasce a frase Anda Diego e conta esta história… O Anda Diego, é aplicado como mote para os que não trabalham.
Quanto a Segunda sem preguiça, é uma forma de ser que todo o mundo usa. Porque a seguir a dois dias de descanso, festas, amores e outras vanidades, tornar a fazer o que não se deseja causa desalento e a maldição a Adão e Eva está sempre nas bocas de crentes e não crentes
Este é o meu comentário hermenêutico e semiológico sobre o ditado português que intitula o texto.


sábado, 16 de janeiro de 2016

Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.(John Locke)

Novas edições de "O Caminho Fica Longe" e "Rápida, a Sombra" chegam às livrarias já esta sexta-feira. Mas as comemorações do centenário do escritor não ficam por aqui.
No ano em se assinalam os 100 anos do seu nascimento, a Quetzal irá disponibilizar pela primeira vez a obra completa de Vergílio Ferreira, um dos mais importantes escritores portugueses do século XX. O objetivo é tornar disponível, até ao final de 2016, todos os livros do autor, alguns deles esgotados há vários anos. Os primeiros volumes serão editados já este mês.

No dia 15 de janeiro, chegarão às livrarias os primeiros três títulos — O Caminho Fica Longe (1943), o romance de estreia do escritor que há muito se encontrava esgotado, Aparição (1959), uma das obras mais emblemáticas de Vergílio Ferreira, e Rápida, a Sombra (1974), também esgotado. A versão em papel de O Caminho Fica Longe, com prefácio de Helder Godinho, será acompanhada pela publicação, apenas em formato digital, da edição crítica e genética de Ana Isabel Turíbio, professora da Universidade Nova de Lisboa que, durante anos, estudou os manuscritos originais e as correções feitas pelo autor.
No mesmo dia, será ainda editado 1000 Frases de Vergílio Ferreira. O livro, com citações reunidas por Luís Naves, dá conta “da diversidade, riqueza e constante atualidade” da obra do autor e da atenção dada “ao humano” e ao “invisível das nossas vidas”, como refere a editora. As frases foram reunidas em 16 grandes temas, transversais à obra de Vergílio Ferreira, como o Amor, a Memória ou a Arte.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

"... provas de aferição, que permitem incluir muito melhor os alunos com necessidades educativas"

A Associação Nacional de Docentes de Educação Especial vai defender, na quarta-feira, no parlamento, mais professores e recursos materiais para apoiar os cerca de 78 mil alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE). "Pedimos esta audiência para alertar a Comissão (de Educação, Ciência e Cultura) para algumas questões que consideramos que são importantes que o Governo e a atual legislatura tome atenção, como é o caso da alocação de recursos para a educação especial, uma vez que nos últimos anos houve uma redução de recursos, com menos professores e menos centros de inclusão", afirmou o presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial (ANDEE), David Rodrigues.

Lembrando que estão identificados cerca de 78 mil alunos com NEE, David Rodrigues quer também chamar a atenção dos deputados parlamentares para a necessidade de melhorias na intervenção precoce (destinada a crianças até aos seis anos), que considera "não ter sido bem tratada". Depois, quando estas crianças entram para a escola acabam, em muitos casos, por não ter o "currículo mais adequado à sua situação", já que os currículos específicos individuais se afastam muito do currículo regular. Por isso, a ANDEE defende que "devia ser criada uma medida intermédia" para estes estudantes.

Uma melhoria da transição da escola para a vida adulta e melhor formação de professores são outras das reivindicações que a associação vai levar à comissão de educação. "Houve um desleixo de formação que não levou em consideração a importância dos professores terem um período de estágio, ou seja, foi uma formação com muita teoria e desligada da prática", criticou.

A ANDEE já pediu também uma reunião com o novo ministro da Educação e adianta que "tem visto com muito interesse e muita expectativa as políticas atuais". "O começo desta nova equipa foi bom, tivemos pela primeira vez um primeiro-ministro que falou em educação inclusiva e o ministério da Educação já acabou com os exames nacionais (do 4.º e 6.º anos) e criou provas de aferição, que permitem incluir muito melhor os alunos com necessidades educativas", sublinhou David Rodrigues.


A Inclusão em castelhano



As últimas eleições na Argentina trouxe muitas surpresas, mas sem dúvida, a mais importante tem a ver com o exemplo de maturidade e de inclusão que os argentinos têm mostrado. Prova disso é que, pela primeira vez na história da Argentina, haverá uma vice-presidente e um ministro em cadeiras de rodas. Um grande exemplo de inclusão social.

Espanha tem a primeira vereadora com síndrome de Down

Tomou posse nesta segunda-feira Ángela Bachiller, 29, a primeira vereadora com síndrome de Down da história da Espanha. Ela assume uma das 17 cadeiras da Câmara da cidade de Valladolid, no norte do país, deixando seu posto de auxiliar administrativa da secretaria de Bem-Estar Social.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Modelo «que fazia da escola, não uma escola inclusiva e integradora, mas uma escola seletiva».

«É urgente restituir à escola a sua função principal», que é «criar soluções para que se possa ensinar melhor, afirmou o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, numa conferência de imprensa sobre o novo modelo de avaliação do ensino básico, em Lisboa.
«O que estava a acontecer é que a escola se estava moldar ao processo de exames», o que «é altamente pernicioso e é algo que não queremos fazer», acrescentou o Ministro, referindo que é preciso «dar um sinal inequívoco, no início deste período escolar, que a sua função principal» é ensinar.
Tiago Brandão Rodrigues afirmou que o modelo anterior «não estava apenas errado, era sobretudo nocivo», pelo que era necessário «intervir urgentemente na reparação de danos causados por uma política de cultura da nota, assente no treino [para preparar exames] e que fazia da escola, não uma escola inclusiva e integradora, mas uma escola seletiva».
O Ministro lembrou ainda que, apesar das muitas alterações normativas à avaliação externa nos últimos anos, só sob a tutela do anterior executivo «houve uma rutura no modelo de avaliação, com exames em todos os ciclos do básico, o que levou a uma distorção do processo de aprendizagem».
«Não há nenhum ímpeto reformista, há uma vontade forte de corrigir os erros», sublinhou o novo Ministro, que insistiu na ideia de devolver a estabilidade ao processo de ensino e aprendizagens. Tiago Brandão Rodrigues enfatizou o importante papel dos diretores de escola, dos professores, das famílias e, acima de tudo, dos estudantes que, acredita, vão encarar as provas de aferição com «seriedade».
Nesta conferência de imprensa, o Ministro da Educação referiu que o exame de Inglês de Cambridge (realizado no 9.º ano) foi descontinuado, porque é inadequado ao currículo dos alunos portugueses.
Acerca das provas de aferição no 8.º ano, Tiago Brandão Rodrigues explicou que, num ano será realizada a prova de Português e de outra disciplina, e, no ano seguinte, será feita a prova de Matemática e de outra disciplina. Já os exames de Português e Matemática do 9.º ano mantém-se porque são «o fechar do ensino básico e também uma certificação», sublinhou.
O Ministro adiantou que será constituída uma comissão de acompanhamento deste modelo, composta por professores e especialistas, para avaliar a implementação deste processo.

A partir de amanhã, Tiago Brandão Rodrigues inicia uma série de reuniões pelo País - começando no Algarve – com diretores de agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas para apresentar todas as mudanças do novo modelo de avaliação.

A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão.(Pablo Neruda)

Como o professor pode ajudar crianças tímidas?
Toda a sala de aula conta com um punhado de crianças agitadas, algumas desobedientes, que apresentam relutância em seguir as regras. Toda a sala contém, também, outras crianças, essas pertencentes a um segundo grupo, o dos “quietinhos”. Os quietinhos falam menos e em voz mais baixa, obedecem sem pestanejar e costumam ser elogiados nas reuniões com os pais.
Muito bom, certo? Dentre eles, porém, é possível que haja crianças com sérios problemas relacionados à timidez e que podem acabar negligenciadas. Afinal, quem demanda mais atenção do professor? Normalmente, os bagunceiros recebem intervenções frequentes, em detrimento daqueles que “não dão trabalho”.
O que é a timidez – e como identificá-la?
A timidez é um traço de personalidade como qualquer outro e, em doses moderadas, não prejudica o desenvolvimento da criança nem é considerada doença. É o caso de crianças que possuem amigos e conseguem se adaptar ao ambiente escolar (ou festas infantis, eventos familiares, etc.), mesmo sendo discretas, retraídas.
Já quando a introspecção traz sofrimento para a criança, é necessário observar e intervir. Esses são sinais aos quais se deve ficar atento:
Ela evita passeios, excursões e outras situações de interação social que deveriam ser prazerosas?
Procura se manter isolada e brinca sozinha constantemente?
Sai correndo ou esconde-se diante de estranhos ou grandes grupos de pessoas?
Tem baixo rendimento escolar por não conseguir interagir com colegas ou professores (realizar atividades em grupo, participar de rodas de conversa)?
Crianças tímidas têm baixa autoestima e acreditam que estão sendo avaliadas o tempo todo. Seu medo é de não atingir as expectativas dos colegas, por isso, elas se preocupam excessivamente com o que dizer, como agir, o que vestir, como se comportar.
Quando se sentem expostas, essas crianças apresentam alguns sintomas:
Suor;
Palmas das mãos geladas;
Frio na barriga ou enjoo;
Batimentos cardíacos acelerados;
Gagueira ou inabilidade de falar;
Angústia e nervosismo.
O que causa (ou agrava) a timidez?
A princípio, a timidez, assim como a extroversão, é um traço genético – mas o ambiente tem um papel relevante em apaziguá-la ou estimulá-la. O meio familiar influencia muito no comportamento da criança: pais tímidos, que evitam situações sociais ou são pouco comunicativos, transmitem essa inibição para os filhos (além de proporcionarem menos oportunidades para que eles a superem, afinal, também querem evitar grandes grupos).
O mesmo acontece quando a família age de forma superprotetora, privando a criança de experiências e relacionamentos externos. Adultos que agem como se o mundo fosse um perigo constante para a criança acabam deixando-a insegura e retraída.
Ambientes agressivos ou instáveis também pode ocasionar uma timidez excessiva.
Como o professor pode ajudar?
Em primeiro lugar, é importante que o professor não exponha a criança a situações que causem constrangimento para ela. Obrigar uma criança tímida a escrever no quadro-negro ou ler um texto, sozinha, diante dos colegas, pode ser traumático. O acompanhamento deve ser feito gradualmente, inserindo-a em contextos amigáveis em que ela se sinta segura para colaborar.
o    Fortaleça o laço entre o professor e a criança tímida: converse com ela em particular para descobrir seus interesses e incentivar o diálogo. Ela precisa de ajuda para aprender a se expressar, portanto, demonstre interesse, elogie e faça perguntas. Em sala de aula, o aluno inibido pode se sentar perto do professor, para que consiga falar sem precisar gritar ou se levantar (e, consequentemente, sem atrair muita atenção para si).
o    Ensine sobre convivência e interação social: projetos que trabalhem o respeito, a colaboração e o diálogo vão criar um ambiente seguro na escola. Comece do básico, praticando pequenos gestos que gostaria de inserir na rotina – olhar nos olhos do outro ao falar, sorrir, pedir “por favor” e “com licença”, agradecer, oferecer ajuda aos colegas e professores.
o    Crie situações de trabalho em pequenos grupos: organize a turma em duplas ou trios para criar situações de interação entre as crianças. O mais indicado é que o professor defina os grupos com antecedência, assim, não há risco de uma criança não ser escolhida pelos seus pares. Colocar duas crianças tímidas juntas pode ser uma forma não ameaçadora de começar, afinal, nenhuma das duas terá todo o protagonismo durante a atividade. Contudo, uma criança tímida e outra, extrovertida, com certeza também vão se beneficiar muito do relacionamento (nesse caso, procure pensar em assuntos que interessam ao tímido, para que ele sinta que pode contribuir com a equipe).
o    Descubra os interesses da criança tímida e explore-os em sala: ela gosta de insetos? Aviões? Construir castelos com blocos de montar? Pintura com tinta guache? Falar sobre dinossauros? Encontre tópicos que sejam do interesse da criança tímida para que ela tenha um incentivo a mais para participar da aula.
o    Faça combinados: Quando a criança não quiser participar de uma atividade, tente chegar a um meio termo. Talvez ela não esteja preparada para cantar no palco em uma apresentação, mas será que não gostaria de tocar um pandeiro para acompanhar a canção? Ler para os colegas, em pé, em frente à classe, não pode ser substituído por ler apenas algumas linhas sem se levantar?
Oriente a família da criança
Se for o caso, marque reuniões com os pais e ajude-os a traçar um plano para superar a timidez. Encoraje-os a participar de eventos da escola (como festa junina ou apresentação de Natal) e sugira que convidem alguns coleguinhas do filho para brincar nos finais de semana.
Os primeiros encontros podem ser breves, de apenas algumas horas – assistir a um desenho animado, cozinhar algo gostoso, passar a tarde na piscina, ir ao parque – e uma só criança pode ser convidada. Mais adiante, eles podem experimentar visitas mais longas, como dormir na casa do amigo ou viajar por alguns dias.
Outras atividades, como teatro, coral, dança e esportes em equipe também são excelentes para fortalecer os vínculos entre as crianças e cultivar a autoestima da criança tímida.