A Ordem dos Psicólogos
pediu hoje uma reunião ao secretário de Estado do Ensino e Administração
Escolar, para abordar a redução dos horários dos psicólogos contratados,
alegando que coloca em causa a qualidade dos serviços que prestam nas escolas.
A Ordem dos Psicólogos
Portugueses (OPP) identificou um total de 80 contratações para horários de 18
horas, considerando que a redução para metade neste horário “compromete a
qualidade do trabalho que os psicólogos prestam no contexto escolar e não
corresponde às solicitações dos agentes escolares”.
Numa
nota, a OPP adianta que muitos dos horários a tempo inteiro implicam que um
psicólogo passe a ter sobre a sua alçada dois mega agrupamentos, totalizando
mais de 4.000 alunos e duas dezenas de escolas.
“Este
suposto aumento de cobertura põe em causa a qualidade da intervenção em muitas
escolas, reduzindo o tempo efetivo para a prestação de serviços de psicologia,
em função das deslocações necessárias para cobrir um maior número de escolas”,
sublinha a OPP.
Segundo a
Ordem dos Psicólogos, esta redução ocorre depois de o Ministério da Educação e
da Ciência ter anunciado o aumento o número de psicólogos a contratar pelas
escolas, de 176 para 181.
A OPP, no
entanto, considera que 80 destes 181 psicólogos vão passar para meio tempo, ou
seja, para horários de 18 horas.
“Na
prática, com a passagem de 80 destes 181 psicólogos para meio tempo,
verifica-se efetivamente uma redução equivalente a ter menos 40 psicólogos nas
escolas, o que se traduz numa redução de 25 por cento do total dos horários dos
psicólogos contratados”, refere a nota.
A OPP diz
igualmente que “a rede escolar nacional passa a ser deficitária num total de
790 psicólogos, para que o rácio psicólogo/aluno se aproxime do desejável e
aconselhável: um psicólogo por cada mil alunos”.
A Ordem
dos Psicólogos lamenta ainda a redução da disponibilidade dos serviços de
psicologia nas escolas num período de crise, quando há um aumento da procura
destes serviços.
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