terça-feira, 10 de setembro de 2013

"Onde morre a vergonha nascem os expedientes desonrosos." (Camilo Castelo Branco)

A Ordem dos Psicólogos pediu hoje uma reunião ao secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, para abordar a redução dos horários dos psicólogos contratados, alegando que coloca em causa a qualidade dos serviços que prestam nas escolas.
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) identificou um total de 80 contratações para horários de 18 horas, considerando que a redução para metade neste horário “compromete a qualidade do trabalho que os psicólogos prestam no contexto escolar e não corresponde às solicitações dos agentes escolares”.
Numa nota, a OPP adianta que muitos dos horários a tempo inteiro implicam que um psicólogo passe a ter sobre a sua alçada dois mega agrupamentos, totalizando mais de 4.000 alunos e duas dezenas de escolas.
“Este suposto aumento de cobertura põe em causa a qualidade da intervenção em muitas escolas, reduzindo o tempo efetivo para a prestação de serviços de psicologia, em função das deslocações necessárias para cobrir um maior número de escolas”, sublinha a OPP.
Segundo a Ordem dos Psicólogos, esta redução ocorre depois de o Ministério da Educação e da Ciência ter anunciado o aumento o número de psicólogos a contratar pelas escolas, de 176 para 181.
A OPP, no entanto, considera que 80 destes 181 psicólogos vão passar para meio tempo, ou seja, para horários de 18 horas.
“Na prática, com a passagem de 80 destes 181 psicólogos para meio tempo, verifica-se efetivamente uma redução equivalente a ter menos 40 psicólogos nas escolas, o que se traduz numa redução de 25 por cento do total dos horários dos psicólogos contratados”, refere a nota.
A OPP diz igualmente que “a rede escolar nacional passa a ser deficitária num total de 790 psicólogos, para que o rácio psicólogo/aluno se aproxime do desejável e aconselhável: um psicólogo por cada mil alunos”.

A Ordem dos Psicólogos lamenta ainda a redução da disponibilidade dos serviços de psicologia nas escolas num período de crise, quando há um aumento da procura destes serviços.

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