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Ex-cafetina,
a britânica Becky Adams espera abrir um bordel estritamente dedicado à
prestação de serviços para pessoas com deficiência. Ela já estabeleceu um
serviço gratuito que conecta as pessoas com necessidades especiais a mulheres
que trabalham como prostitutas.
Becky
disse a Jeremy Vine, BBC Radio, ter recebido muitos e-mails de pessoas que
procuram trabalhar com ela neste serviço.
Atualmente,
ela já provê um serviço de acompanhantes para portadores de deficiência que
estejam em busca de serviços sexuais. Trata-se de uma agência chamada
Para-Doxies, uma organização sem fins lucrativos.
O
problema da agência, ela explica, é que nem sempre é fácil combinar o pedido do
cliente e a agenda das profissionais. “Com a Para-Doxies pode levar até um mês
para que a gente consiga achar a garota certa na região do cliente”, diz, ao
explicar por que quer abrir um bordel sem fins lucrativos.
“Como
atuamos nacionalmente, às vezes recebo um e-mail de alguém em Carlisle
(noroeste da Inglaterra, a 420km de Londres) pedindo para ver uma profissional
cujo local de atendimento tenha, por exemplo, acesso para cadeirantes. Então é
preciso achar alguém naquela área, organizar o transporte e verificar questões
legais com eventuais acompanhantes ou com a residência (para pessoas com
necessidades especiais)”, detalha.
“Ainda
bem que conheço milhares de profissionais do sexo” – Diz ela.
FACILITAR
Ela
afirma não cobrar pelos serviços prestados pela Para-Doxis, porque a maior
parte de seus clientes depende de benefícios sociais para sobreviver, e não
poder arcar com as despesas. “Como negócio, seria um fiasco”, ela avalia.
Ela
diz ainda que para a maioria dos beneficiários do serviço, “sexo convencional
está fora de questão”, devido às condições especiais dos clientes. “Temos a
preocupação de entender o que eles gostam e também de educá-los a ter prazer
sozinhos. Mas muito simplesmente não podem fazer nada sozinhos. Então,
ensinamos respiração tântrica para facilitar o orgasmo.”
Becksy
diz ainda que o número de profissionais do sexo se oferecendo para prestar
estes serviços tem crescido.
“Recebo
tantos e-mails de profissionais quanto de pessoas procurando por serviços. Muitas
mulheres dizem que o serviço é importante e que poderiam trabalhar um dia, ou
que estariam disponíveis em uma área específica. E temos que lembrar que muitas
destas mulheres foram enfermeiras antes.”
UNIVERSITÁRIAS
Becky
Adams, 44, trabalhou como dona de bordel no sul da Inglaterra por 25 anos.
Recentemente, ela foi selecionada para ajudar a Universidade de Swansea, no
País de Gales, em um projeto que tem como objetivo pesquisar estudantes
universitários que trabalhem na indústria do sexo.
A
iniciativa, a ser desenvolvida em três anos, recebeu recursos da ordem de R$
1,5 milhão da Loteria Britânica. Ela examina as motivações das estudantes para
entrarem na indústria do sexo.
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