quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Eu quero ser português


Segundo uma notícia do The Gardian, Hannah Phillips perdeu a conta das vezes em que o seu filho James foi excluído das escola primária por comportamento disruptivo .Houve telefonemas diários da direção, muitas vezes pedindo-lhe para o levar para casa, e os seus três irmãos mais velhos estavam cansados de ser chamados à classe para lidar com ele. Era frequentemente isolado da turma e excluído das visitas de estudo e das atividades da escola.
James tem síndrome de Down e dificuldades moderadas de aprendizagem. O que os professores classificavam como comportamento disruptivo era na verdade "excitação geral e alegria de viver", diz a mãe. Com o tipo certo de ajuda, ela acredita que ele poderia ter progredido bem numa escola regular. Mas estava desapontado com o apoio que lhe foi proporcionado. "A atitude parecia ser: Nós não o queremos realmente aqui, mas temos de mantê-lo porque o sistema de educação diz que temos aceitar as crianças com necessidades educativas especiais. "
Julie Sheppard também efetuou viagens frequentes à escola para levar o seu filho Logan, autista, porque a direção referia que o seu comportamento era inaceitável. para Julie, as sucessivas viagens de ida e volta à escola era demais. "Recordo-me de ligar à minha mãe em lágrimas dizendo: Não consigo continuar assim".
Há orientações claras para as escolas, estabelecidas pelo Departamento de Educação, acerca de exclusões. Uma criança só pode ser legalmente excluída por razões disciplinares e os diretores devem comunicar formalmente aos pais e encarregados de educação formal, por escrito, os motivos que levaram à exclusão do filho e por quanto tempo.
Mas uma nova pesquisa publicada pelo Contact A Family sugere que algumas escolas procedem com regularidade a exclusões ilegais. A pesquisa efetuada junto de mais de 400 famílias de crianças com deficiência ou necessidades adicionais descobriu que 22% são ilegalmente excluídos uma vez por semana e 15% todos os dias (para parte do dia). Mais de 60% dos pais disseram que o seu filho foi colocado num horário a tempo parcial - algo que pode ser apropriado por curtos períodos de tempo (por exemplo, quando uma criança está de regresso à escola depois de uma doença), mas não deve continuar indefinidamente. Enquanto a maioria das crianças vítimas de exclusões ilegais estão em escolas regulares, cerca de 20% estão em escolas especiais. As razões mais comuns para a exclusão são de que a escola não tem pessoal de apoio suficiente ou que a criança está a "ter um dia ruim".

Por Janet Murray

Esta notícia relata o que se passa lá fora e está longe de se adaptar à realidade nacional. No entanto, por cá, ainda existem resquícios de exclusão, ainda que não seja física. Para continuar a ler a notícia, em inglês, aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário