Bragança,
26 nov 2015 (Ecclesia) – A diocese de Bragança-Mirand a considera
essencial que as comunidades se empenhem mais na integração social e eclesial
das pessoas com deficiência.
Numa nota
pastoral divulgada no âmbito do Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa,
enviada hoje para a Agência Ecclesia, D. José Cordeiro sublinha que “as pessoas
com deficiência continuam a fazer parte dos muitos excluídos da sociedade e de
muitos lugares eclesiais”.
Apesar de já se encontrarem “sinais positivos” de mudança, por
exemplo quanto ao cuidado com a “acessibilidade” das pessoas com deficiência
aos edifícios, monumentos, escolas, transportes públicos ou ao traçado da via
pública, o prelado frisa que “ainda há muito a fazer”.
Sobretudo no cuidado com as pessoas que “vivem na família e nas
aldeias, vilas e cidades do Nordeste Transmontano”, refere.
D. José Cordeiro exorta as comunidades católicas da região, nas
paróquias, unidades pastorais, movimentos e todas as famílias, a cuidarem
“destes irmãos com ternura e inteligência pastoral, nos gestos e nas novas
linguagens, na catequese, na liturgia e na caridade”.
“Não basta só uma atitude assistencial, é necessário que se
escute, na primeira pessoa, o testemunho de quem, vivendo com uma deficiência,
possa experimentar na sua vida concreta, a par dos sofrimentos, a alegria que
nasce da misericórdia de Deus”, sustenta o bispo.
O responsável católico lembra que todas as pessoas, “por
diferentes razões e em qualquer momento da vida”, podem ficar portadoras de uma
deficiência.
“Essas limitações nem sempre podem ser ultrapassadas” mas “a vida
é o precioso dom da Graça de Deus, por isso, cada pessoa é chamada a vivê-la
como uma bênção e nunca como um castigo ou desgraça”, aponta o prelado,
recordando o apoio que é preciso dar também a quem cuida dos mais frágeis ou
carenciados da sociedade.
Neste âmbito, o bispo de Bragança-Miranda saúda o esforço e
dedicação de todas as instituições que, dia-a-dia, cuidam das pessoas
portadoras de deficiência.
Agradece ainda “o trabalho de tantos médicos, profissionais e
técnicos de saúde, terapeutas e muitos colaboradores e voluntários que
trabalham ao serviço do bem comum e da dignidade da pessoa humana nestas casas
especializadas”.
Desde março de 2014 que a Diocese de Bragança-Miranda conta com um
Serviço Pastoral orientado para as Pessoas com deficiência.
D. José Cordeiro espera contar com o envolvimento de todos no
desenvolvimento desse “esperançoso serviço”, salientado que “a pastoral da
saída missionária exige que a Igreja, na sua solicitude, seja sempre casa de
inclusão e, como mãe, abrace a todos”.
JCP
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