segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quo usque tandem abutere, Europa, patientia nostra?


 A discriminação está a aumentar na Europa, segundo o Eurobarómetro, que indica que 17 por cento dos inquiridos é vítima de discriminação ou assédio, sendo as pessoas com deficiência, minorias sexuais e étnicas as mais atingidas.
No último inquérito do Eurobarómetro, realizado há três anos, 16% dos entrevistados admitiu ter sido discriminado. Este verão, a União Europeia voltou a fazer o questionário e a percentagem aumentou um ponto percentual: 17% das 26.622 pessoas relatou ter sido vítima de discriminação ou assédio.
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No entanto, a média esconde grandes disparidades entre os países, com os portugueses a serem os que menos testemunharam este tipo de atos. Em Portugal, apenas 17% dos inquiridos disse ter assistido a situações de discriminação ou assédio, contra 51% dos suecos e metade dos holandeses que admitiu ter presenciado atos discriminatórios.
A maioria dos europeus acredita que a crise económica está a contribuir para um agravamento da discriminação, principalmente no mercado de trabalho. E, na opinião de 67% dos inquiridos, as principais vítimas são as pessoas com mais de 55 anos.
Já a discriminação contra menores de 30 anos é vista como sendo muito menos comum, uma vez que apenas 18% acreditam que é generalizada.
Mais de metade dos europeus acha que a crise também fez aumentar a discriminação quando se está perante pessoas com deficiência ou de origem étnica diferente da maioria.
Apesar de entenderem que a situação está melhor, 56% dos europeus considera que ainda há muita discriminação no terreno da origem étnica, sendo os ciganos o grupo de maior risco.
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