A
discriminação está a aumentar na Europa, segundo o Eurobarómetro, que indica
que 17 por cento dos inquiridos é vítima de discriminação ou assédio, sendo as
pessoas com deficiência, minorias sexuais e étnicas as mais atingidas.
No
último inquérito do Eurobarómetro, realizado há três anos, 16% dos
entrevistados admitiu ter sido discriminado. Este verão, a União Europeia
voltou a fazer o questionário e a percentagem aumentou um ponto percentual: 17%
das 26.622 pessoas relatou ter sido vítima de discriminação ou assédio.
(...)
No
entanto, a média esconde grandes disparidades entre os países, com os
portugueses a serem os que menos testemunharam este tipo de atos. Em Portugal,
apenas 17% dos inquiridos disse ter assistido a situações de discriminação ou
assédio, contra 51% dos suecos e metade dos holandeses que admitiu ter
presenciado atos discriminatórios.
A
maioria dos europeus acredita que a crise económica está a contribuir para um
agravamento da discriminação, principalmente no mercado de trabalho. E, na
opinião de 67% dos inquiridos, as principais vítimas são as pessoas com mais de
55 anos.
Já
a discriminação contra menores de 30 anos é vista como sendo muito menos comum,
uma vez que apenas 18% acreditam que é generalizada.
Mais
de metade dos europeus acha que a crise também fez aumentar a discriminação
quando se está perante pessoas com deficiência ou de origem étnica diferente da
maioria.
Apesar
de entenderem que a situação está melhor, 56% dos europeus considera que ainda
há muita discriminação no terreno da origem étnica, sendo os ciganos o grupo de
maior risco.
(...)
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