Investigadores britânicos descobriram um método capaz de promover a
regeneração dos tecidos da espinal medula que poderá abrir caminho à cura de
paralisias. A técnica consiste na modificação dos açúcares de cadeia longa que
impedem a regeneração destes nervos. A investigação foi publicada no The
Journal of Neuroscience mas ainda vai passar pela fase de testes em animais.
O principal desafio no tratamento destas lesões resulta do facto do tecido
lesionado da espinal medula criar uma barreira impenetrável que impede a
regeneração dos nervos. Isto conduz às paralisias irreversíveis associadas
a estas lesões (quadriplegia e paraplegia).
Uma maneira de reparar estas lesões nervosas é fazer um transplante de células
dos nervos periféricos da espinal medula, as chamadas células de Schwann, para
os nervos de suporte central. No entanto, a equipa de investigadores
britânicos, percebeu que estas células segregam açúcares de sulfato de
heparano, que criam cicatrizes que frustram a eficácia da reparação dos nervos
danificados.
Ao tentar contornar o problema, a investigação liderada por Jennifer
Higginson (Universidade de Glasgow) e Jerry Turnbull (Universidade de
Liverpool) conseguiu descobrir um método de inibir esta cicatrização negativa:
modificando quimicamente os açúcares de sulfato com outros açucares (as
heparinas) que impedem a reação cicatrizante, abrindo assim novas oportunidades
para a regeneração dos nervos.
“Descobrimos que alguns açúcares provocam reações de cicatrização mas
através da manipulação em laboratório com a ajuda de outros açucares (as
heparinas), podemos prevenir este processo, pelo menos nos modelos
computacionais,” explica Jerry Turnbull, acrescentando que agora a investigação
tem de ser confirmada através de testes em animais.
Clique AQUI para consultar o resumo do estudo no The Journal of Neuroscience (em inglês).
Clique AQUI para consultar o resumo do estudo no The Journal of Neuroscience (em inglês).
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