O abandono
escolar precoce em Portugal atingiu os 23,2% em 2011, o terceiro pior registo
entre os Estados-membros da União Europeia (UE), apesar de ter recuado nos
últimos anos, avançou hoje a Comissão Europeia.
De acordo
com os dados divulgados hoje pelo executivo comunitário no âmbito da
apresentação da estratégia designada "Repensar a Educação", o abandono
escolar precoce "situa-se em níveis inaceitavelmente elevados em vários
Estados-membros" da UE, com destaque para Malta (33,5%), Espanha (26,5%) e
Portugal (23,2%), sendo a média da União a 27 de 13,5%.
No caso
português, a Comissão Europeia afirma que, apesar de o abandono escolar precoce
atingir um nível elevado, "o desempenho melhorou significativamente
durante o período 2006-2011", precisando que, em 2006, o abandono escolar
precoce ascendia a 39,1%.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que Portugal terá
de "racionalizar mais" os salários e o emprego na Função Pública, e
reformais mais ainda pensões e prestações sociais, no âmbito de um debate
público sobre a composição do ajustamento.
Num comunicado da missão do FMI que esteve em Portugal a propósito da
análise ao abrigo do Artigo IV (uma análise profunda feita a todos os países
membros do fundo de forma regular), o Fundo deixa antever a necessidade de
maiores cortes na Função Pública.
"Dado o ainda significativo ajustamento em vista, é necessário um
debate público sobre como partilhar o fardo do restante ajustamento de forma
justa e amiga do crescimento [económico]. A despesa orçamental, particularmente
em salários com funcionários públicos e prestações sociais, aumentaram durante
muitos anos, com uma fraca ligação aos objetivos do Estado e à alocação dos
recursos do orçamento. O principal foco terá de ser em racionalizar ainda mais
os salários e o emprego na Função Pública assim como reformar pensões e outras
prestações sociais", diz a missão.
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