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Raras, cada vez mais raras, as lágrimas de alegria
correram, hoje, pelo rosto de uma mãe, na Escola de Almedina (Coimbra),
frequentada por 62 crianças do primeiro ciclo do ensino básico.
Mãe do João, uma mulher humilde, de Souselas, deu
largas ao seu regozijo devido ao trabalho efectuado pela Unidade de Ensino
Estruturado (UEE), que acolhe crianças autistas e outros alunos com
necessidades educativas especiais.
“Foi uma porta que se abriu”, acentua aquela mulher,
cujo filho frequenta, há três anos, a UEE. Por isso, ela não se cansa de
elogiar a dedicação de docentes e de pessoal auxiliar.
Isabel Marcelino, professora, também não segura um par
de lágrimas. “Os pais dão-nos alento”, observa a docente, com assinalável
modéstia.
Outra professora, Isabel Santiago, congratula-se com a
evolução evidenciada pelas crianças.
Apesar do traquejo obtido a trabalhar em Macau, o
vereador da Câmara de Coimbra José Belo, com o pelouro da Educação, reconhece
ter sido surpreendido.
“Foi um momento de emoção, gratificante e muito
estimulante”, confessa o edil, impressionado pela satisfação da mãe de um rapaz
autista que “gosta de ir à escola”.
Recuperada em 2002, a Escola de Almedina alberga
alunos do primeiro ciclo do ensino básico e crianças do Jardim-de-infância.
Acompanhado pela sua adjunta (Dora Simões), pelo
director de departamento João Gaspar e por um representante do Agrupamento de
Escolas de Coimbra - Centro, Francisco Rodrigues, José Belo admite que a
escolha de Almedina para assinalar o arranque do ano escolar comporta uma
dimensão simbólica.
Trata-se de uma Escola situada no Centro Histórico de
Coimbra, a funcionar num edifício adaptado, frequentada por crianças cujos pais
pertencem a diferentes raças e culturas.
Talvez por isso, há meninos e meninas que nem sempre
tomam pequeno-almoço em casa, uma situação delicada a requerer acompanhamento e
intervenção da Câmara Municipal de Coimbra e da Direcção Regional de Educação
do Centro.
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