(…)
Na sociedade de desenvolvimento, tantas vezes descurando os bem
conhecidos preceitos de sustentabilidade, privatizam-se os benefícios da
produção e distribui-se pelos cidadãos a subsequente poluição. À desenfreada
procura de lucro de uns poucos, tem de opor-se a necessária cultura científica
por parte desses mesmos cidadãos. E a Escola tem, forçosamente, que fornecer
essa cultura em articulação harmoniosa e inteligente com os saberes de outras
disciplinas. Não o molho de definições que (salvo honrosas excepções) tem sido
a sua praxis.
Sendo certo que a
capacidade de intervenção de cada indivíduo, como elemento consciente da
Sociedade, está na razão directa das suas convenientes informação e formação
científicas, importa, pois, incrementá-las. E incrementá-las é facultar-lhe
correctamente o acesso aos conhecimentos que, constantemente, a ciência nos
revela.
António Galopim de Carvalho (Professor catedrático jubilado, departamento de Geologia da Faculdade de
Ciências de Lisboa).
Público de 21/12/2015
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