quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. (Albert Einstein)


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Viviane de Lima ao lado do marido, Alessandro: de atleta a artista
Pelo menos dois espetáculos de teatro e de dança envolvendo deficientes físicos devem estrear em Rio Preto no primeiro semestre de 2013. Um dos projetos é “O Pássaro Azul”, da Além da Arte, que contempla cinco cadeirantes. “A ideia é de inclusão mesmo. Resolvemos agregá-los ao elenco já existente, em vez de criar um grupo só para eles”, explica Paula Spalato, arte-educadora e fundadora da trupe.

Segundo ela, a montagem é inspirada na peça homónima do dramaturgo belga Maurice Maeterlinck, que chegou às telas através de uma produção norte-americana em 1940. Trata-se de uma história lúdica sobre dois irmãos que saem em busca da felicidade, representada por um pássaro azul. Os ensaios devem começar no próximo dia 17 e a previsão é de que a obra chegue aos palcos em meados de maio. 

Embora o trabalho com deficientes tenha tido início em julho do ano passado, com oficinas e um festival de solos, será a primeira vez que a companhia subirá no palco com uma criação coletiva. Viviane Souza de Lima, 34 anos, é uma das estrelas de “O Pássaro Azul”, ao lado do marido, Alessandro Souza Lima. Ela teve poliomielite aos 6 anos e, aos 25, foi diagnosticada com um tumor na medula espinhal, que comprometeu a mobilidade de seus membros inferiores.

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Dança
Iniciativa semelhante é a de Guto Rodrigues, que prepara quase dez coreografias de dança de salão com cadeirantes para o dia 23 de fevereiro, às 20 horas, no Teatro “Nelson Castro”. O espetáculo é o fio de um novelo bem maior. O bailarino, que empresta nome à companhia, envolveu-se com pessoas com dificuldades motoras em 2004, por conta de um projeto acadêmico, e atualmente se dedica a aulas com pacientes da Rede de Reabilitação “Lucy Montoro”, nos intervalos das sessões de terapia.

São mais de 40 alunos, entre os quais vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), de Mal de Parkinson e de paralisia cerebral, amputados, acidentados, entre outros. Desses, mais ou menos a metade usa cadeiras de rodas. “Cada um tem suas limitações. Às vezes, uma coisa aparentemente simples é fruto de um grande esforço”. A história dele acaba de ser publicada no livro “Pela Arte se Inclui”, que sela um concurso da Secretaria de Estado da Cultura.

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