Num antigo palácio da era otomana, na cidade velha de Alepo, a
guerra não atormenta o grupo de crianças que frequenta a recém criada escola.
Os professores que a fundaram esperam criar um refúgio e permitir o regresso à
normalidade, ainda que o estabelecimento de ensino clandestino esteja num dos
locais mais afetados pelo conflito.
"Abrimos este colégio há uma semana, e dentro de poucos dias abriremos
outro muito perto para que as meninas do bairro o possam frequentar. Os pais
continuam com muito medo de que os seus filhos frequentem a escola porque
estamos na linha de frente de combate, mas temos que recuperar a normalidade.
Não podemos viver sempre com medo", afirma Abu Salam Mustafá, professor de
religião desta escola clandestina.
Na cidade de Alepo, no norte da Síria, não há uma só escola que não tenha
sido atingida por uma bomba ou reduzida a destroços. Apesar de a intensidade
dos confrontos ter diminuído desde outubro, o facto é que as forças do regime
bombardeiam continuamente muitos dos bairros controlados por rebeldes.
"O Exército Sírio Livre (ESL) utilizou as escolas de Alepo como
quartéis-generais e bases para os seus combatentes, o que levou o regime a
bombardeá-las”, comenta este ex-professor de um colégio da cidade e agora
diretor do centro clandestino.
Face a este panorama, Abu Salam Mustafá decidiu abrir uma escola num antigo
palácio otomano do século XIX que estava trancado.
Sem comentários:
Enviar um comentário