Práticas de
Intervenção Centradas na Família
Sinopse
Neste
trabalho, enquanto texto e pretexto de um conjunto de sínteses significativas
da literatura publicada e da investigação produzida em Portugal neste domínio
da Educação, é visível o equilíbrio e articulação entre os 5 capítulos que o
compõem. No quadro empírico, a autora identifica representações de diversos
actores educativos e práticas sócio - organizacionais e pedagógicas por eles
desenvolvidas, mantendo o fio condutor da sua pesquisa, ao proceder à análise e
interpretação dos dados recolhidos, à luz das abordagens feitas nos capítulos
anteriores.
O leitor, ao revisitar políticas implementadas ao longo dos tempos e ao convocar conceitos, teorias e modelos que marcaram etapas importantes da História da Educação Especial em Portugal, poderá encontrar a resposta a duas questões fulcrais - "De onde viemos?" e "Onde estamos?", potenciando, desde logo, o equacionar de uma 3ª questão, (já numa dimensão prospectiva) - "Para onde queremos/deveremos ir?"
O Caminho percorrido conduz-nos a uma desafiante reflexão em torno desta temática, recentrando a nossa atenção numa nova concepção teórica de Intervenção Precoce. São claras as diferenças (de pressupostos, políticas, práticas e implicações) entre a "Abordagem Centrada na Criança" e a "Abordagem Centrada na Família", implicando, esta última, mudanças de fundo na Cultura da Sociedade, em geral, e da Escola, em particular. Emerge, neste contexto, uma concepção recriada e revitalizada de Liderança Educacional - de estilo "democrático", "moral" e "transformacional" - como "motor" e" garante" do desenvolvimento de todo este processo inovador.
O Plano Individualizado de Apoio à Família (PIAF), construído, colegialmente, com base na realidade concreta de cada criança e seu contexto, surge como uma "ferramenta fundamental" nesta nova abordagem, podendo funcionar como um "reforço significativo para os pais," contagiando outras áreas do funcionamento das famílias, com "repercussões positivas no desenvolvimento das crianças". Sendo os primeiros anos de vida determinantes na construção do adulto de "amanhã", a aposta na "prevenção" em idades precoces surge-nos, nesta obra, com a devida fundamentação, sendo realçada a importância da planificação e da programação, bem como das formas de agir, interagir e reagir, não só em contexto de "prevenção", como em contexto de "remediação".
Esta concepção teórica de Intervenção Precoce e a ênfase colocada no PIAF implicam uma nova forma de olhar, ver e sentir a Escola (na sua multiplicidade de finalidades e funções) e, consequentemente, uma nova forma de prestação de serviços educativos, norteada pelos "saber ser", "saber estar", "saber fazer" e "saber viver em relação com os outros".
Assistimos, assim, à construção e aplicação progressiva de um novo léxico na Família, na Escola e na Sociedade, corporizado na estreita cooperação e co-responsabilização dos diversos elementos que integram estes três sistemas.
Foi com muito gosto que prestei a minha homenagem a este trabalho, partilhando-o com a autora, que o elaborou com tanta dedicação e empenhamento, exercendo, cumulativamente, a sua actividade docente.
Engrácia Castro
O leitor, ao revisitar políticas implementadas ao longo dos tempos e ao convocar conceitos, teorias e modelos que marcaram etapas importantes da História da Educação Especial em Portugal, poderá encontrar a resposta a duas questões fulcrais - "De onde viemos?" e "Onde estamos?", potenciando, desde logo, o equacionar de uma 3ª questão, (já numa dimensão prospectiva) - "Para onde queremos/deveremos ir?"
O Caminho percorrido conduz-nos a uma desafiante reflexão em torno desta temática, recentrando a nossa atenção numa nova concepção teórica de Intervenção Precoce. São claras as diferenças (de pressupostos, políticas, práticas e implicações) entre a "Abordagem Centrada na Criança" e a "Abordagem Centrada na Família", implicando, esta última, mudanças de fundo na Cultura da Sociedade, em geral, e da Escola, em particular. Emerge, neste contexto, uma concepção recriada e revitalizada de Liderança Educacional - de estilo "democrático", "moral" e "transformacional" - como "motor" e" garante" do desenvolvimento de todo este processo inovador.
O Plano Individualizado de Apoio à Família (PIAF), construído, colegialmente, com base na realidade concreta de cada criança e seu contexto, surge como uma "ferramenta fundamental" nesta nova abordagem, podendo funcionar como um "reforço significativo para os pais," contagiando outras áreas do funcionamento das famílias, com "repercussões positivas no desenvolvimento das crianças". Sendo os primeiros anos de vida determinantes na construção do adulto de "amanhã", a aposta na "prevenção" em idades precoces surge-nos, nesta obra, com a devida fundamentação, sendo realçada a importância da planificação e da programação, bem como das formas de agir, interagir e reagir, não só em contexto de "prevenção", como em contexto de "remediação".
Esta concepção teórica de Intervenção Precoce e a ênfase colocada no PIAF implicam uma nova forma de olhar, ver e sentir a Escola (na sua multiplicidade de finalidades e funções) e, consequentemente, uma nova forma de prestação de serviços educativos, norteada pelos "saber ser", "saber estar", "saber fazer" e "saber viver em relação com os outros".
Assistimos, assim, à construção e aplicação progressiva de um novo léxico na Família, na Escola e na Sociedade, corporizado na estreita cooperação e co-responsabilização dos diversos elementos que integram estes três sistemas.
Foi com muito gosto que prestei a minha homenagem a este trabalho, partilhando-o com a autora, que o elaborou com tanta dedicação e empenhamento, exercendo, cumulativamente, a sua actividade docente.
Engrácia Castro
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