As grávidas portuguesas podem, a partir da próxima segunda-feira, realizar
um teste pré-natal inovador que deteta trissomias fetais com 99% de certezas,
sem necessidade de realizar testes invasivos como a amniocentese, anunciou esta
sexta-feira o laboratório Labco.
Este novo avanço no diagnóstico pré-natal que chega agora a Portugal é baseado
na análise de ADN fetal presente no sangue materno e deteta trissomias fetais
em gravidezes com mais de dez semanas de gestação, sem risco para a grávida ou
para o feto, e com uma taxa de deteção até 99%, explicou à Lusa Laura Brum,
diretora geral da Labco Diagnostics.
O teste reduz até "cinco vezes" os resultados falsos positivos em
comparação com outros testes, permitindo uma avaliação precisa do risco das
trissomias responsáveis pela maioria das anomalias cromossómicas no diagnóstico
pré-natal, adianta a responsável.
O teste de diagnóstico pré-natal, que vai ter um custo de 670 euros - a
amniocentese pode chegar aos 500 euros -, vai estar disponível, numa primeira
fase, apenas em quatro hospitais privados portugueses.
Os hospitais aderentes a esta tecnologia que deteta as anomalias
cromossómicas mais frequentes, como o Síndrome de Down, com precisão próxima
dos 100%, são o Hospital da Luz (Lisboa), Hospital dos Lusíadas (Lisboa),
Hospital da Boavista (Porto), Hospital de Santiago (Setúbal) e Hospital Santa
Maria (Faro).
Com este diagnóstico vai ser possível baixar o número de amniocenteses
(colheita pré-natal de fluído amniótico com o objetivo de detetar eventuais
anomalias do feto), em Portugal, prevê a médica Laura Brum, referindo que
apesar de o exame ainda não ser comparticipado, o próximo passo é começar a
"propor às seguradoras a sua comparticipação" e, talvez mais tarde, propor
ao "Serviço Nacional de Saúde".
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