Em
2000 foi lançado um documentário (filmado em 1999), chamado Som e Fúria, que
relatava parte da vida da família Artinian. O casal Peter e Nita Artinian são
surdos e todos seus filhos também são surdos. A mais velha, Heather Artinian,
diz que gostaria de fazer implante coclear. No vídeo ela diz que gostaria dele
porque gostaria de ouvir um acidente de carro, televisão, pessoas falando,
alarmes, buzinas entre outros.
A
família após muito pesquisar, e conhecer algumas famílias com crianças
implantadas, optam por não implatarem a sua filha. O que aconteceu, foi que os
pais de Heather, conheceram uma família de ouvintes com filha surda, a menina,
ainda muito pequena, tinha implante coclear e não sabia língua de sinais. Nem
ao menos sabia o que era língua de sinais, e Nita, mãe de Heather, se sentiu
ultrajada por isso, dando inicio a uma briga homérica na família por causa
disso. Pois os avós de Heather eram a favor do implante.
Nesse
meio, há também o irmão de Peter, que tem um filho surdo e opta por implantar o
filho, todos da comunidade surda acham um absurdo, criticam, falam mal, dizem
“viva a cultura surda” ou “a cultura surda existirá para sempre”. O bebê é
implantado e mais tarde ativado e percebe-se a emoção dos pais no vídeo. O
documentário termina e Heather então com 5 anos, não é implantada.
Então,
6 anos depois o diretor procura a família novamente, e faz Som e Fúria – 6 Anos
Depois. Mostra Heather, então com 12 anos Implantada. Os pais decidiram que ela
faria o implante quando ela estava com 9 anos. Aos 12, Heather já ouvia e
falava muito bem. Qual não foi a surpresa, quando vi que todos os irmãos e
primos surdos de Heather também estavam implantados, e quase entrei em choque,
quando vi que a mãe dela, que estava totalmente contra o IC e ultrajada por
outra criança não conhecer a cultura surda, também havia se submetido ao
implante.
Heather
é uma menina muito falante, com vários amigos, frequenta escola comum, aonde
ela era a única aluna surda, participa de esportes, faz tudo normalmente e com
um sorriso nos lábios. É também possível ver a felicidade dela por conseguir
falar e ouvir. Percebe-se que é algo que a faz muito feliz. Ela faz aulas de
italiano na escola, e para eventuais problemas, tem uma interprete a
disposição. Abaixo segue o segundo documentário completo, mas dividido em 3 partes.
Infelizmente as poucas legendas que tem são em inglês, quem souber LIBRAS vai
entender algumas coisas também, porque ASL é de certo modo parecido.
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