PASCOELA - ORIGENS E CELEBRAÇÕES
Ocorre sete dias depois da Páscoa,
correspondendo ao domingo seguinte ao domingo de Páscoa, também denominado Dia
da Misericórdia de Deus, oitava da Páscoa ou Quasímodo.
Estas duas últimas designações, embora
ainda se usem, eram mais utilizadas antigamente, celebrando-se a oitava noutras
liturgias importantes da Igreja, prática caída em desuso quando da reforma do
calendário religioso após o Concílio do Vaticano II.
A Pascoela simboliza o prolongamento do
próprio domingo de Páscoa, numa atitude festiva da Igreja e dos fiéis, podendo
dizer-se que representa uma espécie de diminutivo da palavra Páscoa.
Recorde-se que o baptismo dos primeiros
Cristãos adultos ocorria durante a Vigília Pascal, ritual que continua a
manter-se, sendo a quadra da Páscoa a preferida desde os primórdios da religião
cristã para se efectuarem os baptismos dos catecúmenos.
Daí, chamar-se também – conquanto não já
oficialmente – ao domingo de Pascoela o domingo In Albis (domingo
branco), devido ao facto dos catecúmenos utilizarem (como hoje) vestimentas
brancas no acto do baptismo, celebrado depois, festivamente, por toda a semana
que decorria desde o domingo de Páscoa ao domingo de Pascoela.
Nos dias actuais, à semelhança de
outrora, os baptismos continuam a realizar-se por toda a semana que medeia
estes dois domingos, embora, por tempos idos, apenas nesta época do ano a
Igreja procedesse à imposição do baptismo. Hoje já assim não é, mas continua a
verificar-se a preferência da quadra pascal para se efectuar o baptismo,
sobretudo das crianças.
Na tradição popular, é durante a
celebração da missa do Senhor no domingo de Pascoela – quando esta se realiza
às três horas da tarde em ponto – que, «ao pedir-se uma graça, ela será
atendida».
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