O desastre da educação
"O principal culpado pelo desastre da educação em Portugal é: você. Sim, refiro-me ao encarregado de educação, que passa a vida culpando os outros em vez de aceitar que o fracasso do processo começa em casa."
"Os principais responsáveis pela educação não são os professores mas sim os próprios pais. É claro que são os professores que dão as aulas, que sabem ensinar Português e Matemática, História e Geografia. Mas todo este esforço vale pouco ou nada se não começa num ambiente familiar que dá valor ao esforço e à disciplina que uma boa educação exige.
A única desculpa que vejo para os nossos encarregados de educação é que estamos perante uma questão 'cultura'. A mentalidade do 'desenrasque' e do 'chico esperto' também se manifesta na escola: um gaba-se do seu novo método de 'copianço' como se se tratasse de uma conquista amorosa; outro orgulha-se por ter passado a cadeira 'sem estudar quase nada'; e o aluno mais cool é o que se lembra de mais 'partidas' durante as aulas.
Mas o pior não é tanto a atitude dos adolescentes como a reacção dos adultos: o sorriso que traduz uma certa nostalgia ("hã, se soubesses o que eu fazia na tua altura"); o piscar de olho que manifesta aprovação ("assim é que é!"); ou simplesmente a indiferença."
"Os principais responsáveis pela educação não são os professores mas sim os próprios pais. É claro que são os professores que dão as aulas, que sabem ensinar Português e Matemática, História e Geografia. Mas todo este esforço vale pouco ou nada se não começa num ambiente familiar que dá valor ao esforço e à disciplina que uma boa educação exige.
A única desculpa que vejo para os nossos encarregados de educação é que estamos perante uma questão 'cultura'. A mentalidade do 'desenrasque' e do 'chico esperto' também se manifesta na escola: um gaba-se do seu novo método de 'copianço' como se se tratasse de uma conquista amorosa; outro orgulha-se por ter passado a cadeira 'sem estudar quase nada'; e o aluno mais cool é o que se lembra de mais 'partidas' durante as aulas.
Mas o pior não é tanto a atitude dos adolescentes como a reacção dos adultos: o sorriso que traduz uma certa nostalgia ("hã, se soubesses o que eu fazia na tua altura"); o piscar de olho que manifesta aprovação ("assim é que é!"); ou simplesmente a indiferença."
Luís Cabral in Expresso, "economia", p.38
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