O coordenador do Programa Nacional para
a Saúde Mental destaca que a hiperatividade é uma patologia "muito
rara", com uma prevalência média anual, em todo o mundo, de três a quatro
por cento, mas a pressão do êxito e da educação leva os pais a exigirem que as
crianças "aprendam a todo o custo" matérias que do ponto de vista
cognitivo ainda não conseguem alcançar.
Álvaro Carvalho refere que a capacidade
de aprendizagem da criança começa apenas quando o sistema nervoso central está
"suficientemente amadurecido". De notar também as situações de
"tensão familiar ou dificuldade de adaptação na escola", que deixam a
criança mais inquieta.
A prescrição de substâncias
anti-psicóticas em casos de maior dificuldade de integração do ponto de vista
comportamental é muitas vezes precipitada, segundo aponta o especialista.
"Há casos em que muito rapidamente
se passa à utilização de substâncias que só deviam ser dadas em psicoses, que
são doenças mentais graves. Em breve, contamos que sejam produzidas normas de
orientação clínica que venham balizar as boas práticas neste âmbito",
salienta.
Fonte: RTP por
indicação de Livresco
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