sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

"... provas de aferição, que permitem incluir muito melhor os alunos com necessidades educativas"

A Associação Nacional de Docentes de Educação Especial vai defender, na quarta-feira, no parlamento, mais professores e recursos materiais para apoiar os cerca de 78 mil alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE). "Pedimos esta audiência para alertar a Comissão (de Educação, Ciência e Cultura) para algumas questões que consideramos que são importantes que o Governo e a atual legislatura tome atenção, como é o caso da alocação de recursos para a educação especial, uma vez que nos últimos anos houve uma redução de recursos, com menos professores e menos centros de inclusão", afirmou o presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial (ANDEE), David Rodrigues.

Lembrando que estão identificados cerca de 78 mil alunos com NEE, David Rodrigues quer também chamar a atenção dos deputados parlamentares para a necessidade de melhorias na intervenção precoce (destinada a crianças até aos seis anos), que considera "não ter sido bem tratada". Depois, quando estas crianças entram para a escola acabam, em muitos casos, por não ter o "currículo mais adequado à sua situação", já que os currículos específicos individuais se afastam muito do currículo regular. Por isso, a ANDEE defende que "devia ser criada uma medida intermédia" para estes estudantes.

Uma melhoria da transição da escola para a vida adulta e melhor formação de professores são outras das reivindicações que a associação vai levar à comissão de educação. "Houve um desleixo de formação que não levou em consideração a importância dos professores terem um período de estágio, ou seja, foi uma formação com muita teoria e desligada da prática", criticou.

A ANDEE já pediu também uma reunião com o novo ministro da Educação e adianta que "tem visto com muito interesse e muita expectativa as políticas atuais". "O começo desta nova equipa foi bom, tivemos pela primeira vez um primeiro-ministro que falou em educação inclusiva e o ministério da Educação já acabou com os exames nacionais (do 4.º e 6.º anos) e criou provas de aferição, que permitem incluir muito melhor os alunos com necessidades educativas", sublinhou David Rodrigues.


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