A ideia andou a marinar na cabeça de
Eric Kim Yoon Ju desde os tempos de faculdade. Na Universidade de Washington, o
sul-coreano percebeu através da experiência de um colega cego como os livros
traduzidos para braille podem ser extremamente volumosos — e, por isso, pouco
práticos. O jovem começou na altura a imaginar um dispositivo que pudesse
facilitar a vida a estas pessoas e a ideia está prestes a ser concluída.
Chama-se Dot e é o primeiro "smartwatch" a transformar mensagens,
e-mails e até e-books em braille.
Até agora, a solução passava por ouvir mensagens
escritas com auxílio da "assistente pessoal" do iPhone, Siri, — algo
que não só reduz a privacidade do receptor como, dependendo do contexto (com
barulho ou em transportes públicos, por exemplo), pode ser tarefa complicada.
O Dot tem um mostrador
com buracos perfurados e ímans no interior, que se tornam visíveis conforme o
conteúdo das mensagens. Quando o utilizador é contactado, os ímans sobem e ao
passar o dedo o utilizador lê a mensagem em braille.
"Esforçamo-nos por reduzir a discriminação
sofrida por pessoas cegas", lê-se na página da start-up Dot. Os
sul-coreanos estimam que apenas 1 por cento dos livros são traduzidos para braille
e que o preço de um dispositivo digital de leitura é, em média, superior aos
dois mil dólares (1800 euros). É por estas razões, apontam, que 95 por cento
das pessoas cegas desistem de estudar braille.
Este "smartwatch" está em fase final de
desenvolvimento e terá um preço de 300 dólares (cerca de 274 euros). Os
produtos tecnológicos para pessoas cegas têm geralmente preços muito elevados —
um computador portátil capaz de transmitir mensagens em braille pode custar
mais de 2700 euros.
Fonte: P3 do
Público
Sem comentários:
Enviar um comentário