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A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA
PÚBLICA, DAS ARTES E DO DESPORTO
Naquela que foi a sua primeira intervenção pública enquanto
ministro da Educação, o novo responsável da pasta não trouxe anúncios nem
novidades, mas o discurso é claramente diferente do seu antecessor no Governo
de Passos Coelho.
Em vez de falar nas disciplinas “fundamentais” como a Matemática e
o Português, como fazia muito Nuno Crato, insistiu na importância de
“competências transversais”, das “artes, do desporto e das ciências
experimentais”.
Mesmo a escolha da escola não foi indiferente. Localizada no bairro
do Vale da Amoreira, no concelho da Moita, a secundária da Baixa da Banheira é
o caso típico de uma escola que luta contra as adversidades do meio. Os pais
dos alunos têm em média oito anos de escolaridade, quase metade das famílias
são apoiadas pela ação social escolar e as pequenas conquistas começam muitas
vezes por convencer os alunos a entrar da escola e nas salas de aula, admite o
diretor José Lourenço.
“Viemos aqui porque é preciso conhecer a escola pública que temos,
ouvir os professores – o ministro fez questão de se reunir com o corpo docente
durante meia hora, à porta fechada -, identificar os desafios. Ao contrário da
ideia de facilitismo, esta é uma escola onde existem imensas exigências e
preocupações”, justificou o ministro no final, insistindo na importância da
“escola pública” e do “serviço nacional de educação” como motores da
“mobilidade social”. Nesse sentido, insistiu, o combate ao abandono escolar a
promoção do sucesso são as suas “prioridades” para o mandato.
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