segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Abstinência (Tecnológica) - "Uma boa coisa, desde que praticada com moderação." (Millôr Fernandes)

Jovens apenas conseguem concentrar-se por períodos de três a cinco minutos.
Já interrompeu uma tarefa apenas para verificar o seu perfil nas redes sociais? Ou perdeu uma conversa à mesa do restaurante porque estava a responder a mensagens no smartphone? Não está sozinho.
Segundo um estudo coordenado por Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e investigador da chamada "psicologia da tecnologia", a capacidade média de concentração dos participantes das suas pesquisas vai de 3 a 5 minutos. O problema, defende o estudo, acentua-se à medida que o uso de tablets e smartphones se intensifica e as consequências podem ser nefastas para a capacidade de ler, aprender e executar tarefas.
"Se estamos sempre a trocar de tarefas a todo o momento, nunca passamos tempo suficiente a aprofundar nenhuma delas. Três minutos certamente não bastam para estudar", diz Rosen. Por isso, o neurocientista sugere técnicas simples para "reprogramar" o cérebro daqueles que já estão viciados em tecnologia e reconquistar a habilidade de prestar atenção.
“Imaginemos, por exemplo, a hora do jantar de uma família comum. Hoje em dia, todos jantam com o telemóvel por perto. A sugestão é: no início do jantar, todos possam usar os smartphones por um ou dois minutos, mas depois têm de se separar deles para não verem as mensagens a chegar. Após 15 minutos, todos têm permissão para consultar o telefone novamente, por um minuto. Depois aumenta-se gradualmente esse período de 15 para 20 e 30 minutos, treinando o cérebro para não se distrair”, afirma.
O exemplo pode ser aplicado a outras situações do quotidiano, mas implica sempre um período de abstinência tecnológica.


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