Jovens apenas conseguem concentrar-se por
períodos de três a cinco minutos.
Já interrompeu uma
tarefa apenas para verificar o seu perfil nas redes sociais? Ou perdeu uma
conversa à mesa do restaurante porque estava a responder a mensagens no
smartphone? Não está sozinho.
Segundo um estudo
coordenado por Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia e
investigador da chamada "psicologia da tecnologia", a capacidade
média de concentração dos participantes das suas pesquisas vai de 3 a 5
minutos. O problema, defende o estudo, acentua-se à medida que o uso de tablets
e smartphones se intensifica e as consequências podem ser nefastas para a
capacidade de ler, aprender e executar tarefas.
"Se estamos
sempre a trocar de tarefas a todo o momento, nunca passamos tempo suficiente a
aprofundar nenhuma delas. Três minutos certamente não bastam para
estudar", diz Rosen. Por isso, o neurocientista sugere técnicas simples
para "reprogramar" o cérebro daqueles que já estão viciados em
tecnologia e reconquistar a habilidade de prestar atenção.
“Imaginemos, por
exemplo, a hora do jantar de uma família comum. Hoje em dia, todos jantam com o
telemóvel por perto. A sugestão é: no início do jantar, todos possam usar
os smartphones por um ou dois minutos, mas depois têm de se separar
deles para não verem as mensagens a chegar. Após 15 minutos, todos têm
permissão para consultar o telefone novamente, por um minuto. Depois aumenta-se
gradualmente esse período de 15 para 20 e 30 minutos, treinando o cérebro para
não se distrair”, afirma.
O exemplo pode ser
aplicado a outras situações do quotidiano, mas implica sempre um período de
abstinência tecnológica.
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