Tanto as crianças com deficiência quanto suas comunidades se beneficiariam
se a sociedade focasse no que as crianças podem alcançar, em vez de focar no
que elas não podem fazer, segundo o relatório anual do UNICEF Situação Mundial
da Infância.
Concentrar-se nas capacidades e potencialidades das crianças com deficiência
criaria benefícios para a sociedade como um todo, diz o relatório divulgado
hoje em todo o mundo.
“Quando se vê a deficiência antes de a criança, não é apenas errado para a
criança, mas priva-se a sociedade de tudo o que criança tem para oferecer”,
disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Sua perda é a perda da
sociedade, seu ganho é o ganho da sociedade.”
O relatório mostra como a sociedade pode incluir as crianças com
deficiência, porque, quando elas desempenham um papel ativo na sociedade, todos
se beneficiam. Por exemplo, a educação inclusiva amplia os horizontes de todas
as crianças ao mesmo tempo em que apresenta oportunidades para que crianças com
deficiência realizem suas ambições.
Mais esforços para apoiar a integração das crianças com deficiência
ajudariam a combater a discriminação que as empurra mais para as margens da
sociedade.
Para muitas crianças com deficiência, a exclusão começa nos primeiros dias
de vida, com o não registro de seu nascimento. Na falta de reconhecimento
oficial, elas são cortadas dos serviços sociais e das proteções legais que são
cruciais para a sua sobrevivência e suas perspectivas. Sua marginalização só
aumenta com a discriminação.
“Para que as crianças com deficiência sejam levadas em conta, elas devem ser
contadas – ao nascer, na escola e na vida”, disse Lake.
O relatório Situação Mundial da Infância 2013: Crianças com Deficiência diz
que as crianças com deficiência são as menos propensas a receber cuidados de
saúde ou ir à escola. Elas estão entre as mais vulneráveis a violência, abusos,
exploração e negligência, especialmente se estão escondidas ou em instituições
– como muitas estão por causa do estigma social ou do custo econômico para
criá-las.
O resultado combinado é que as crianças com deficiência estão entre as
pessoas mais marginalizadas no mundo. Crianças que vivem na pobreza estão entre
aquelas com menor probabilidade de usufruir, por exemplo, dos benefícios da
educação e de cuidados de saúde, mas para crianças que vivem na pobreza e têm
uma deficiência é ainda menor a probabilidade de frequentar a escola ou centros
de saúde no local onde vivem.
(…)
Portas Abertas para a Inclusão – Esporte para Todos – Lançado no início
deste mês, o projeto Portas Abertas para a Inclusão é uma parceria entre o
Instituto Rodrigo Mendes e o UNICEF no Brasil, com apoio da Fundação FC
Barcelona e em articulação com os ministérios da Educação e do Esporte e a União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O objetivo do projeto
é contribuir para a construção de um legado social da Copa do Mundo de Futebol
no Brasil e garantir melhores condições de acesso, permanência e aprendizado
das crianças com deficiência nas escolas regulares das 12 cidades-sede da Copa
de 2014. Saiba mais sobre o projeto.
“O caminho a percorrer será desafiador”, disse o diretor executivo do
UNICEF, Anthony Lake, que está em Da Nang, no Vietnã, para o lançamento do
relatório Situação Mundial da Infância 2013. “Mas as crianças não aceitam
limites desnecessários. Nós também não deveríamos aceitar.”
Leia o relatório na íntegra
http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_25542.htm
http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_25542.htm
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