O Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF) diz que demasiadas crianças e
adolescentes com deficiência ainda encontram diversas formas de discriminação e
exclusão, negando-lhes a oportunidade de levarem uma vida cumprindo e
contribuindo para o progresso social, cultural e económico das suas
comunidades.
No relatório
anual Estado de Crianças do Mundo, UNICEF diz que as crianças com deficiência
são os menos propensos a receber cuidados de saúde ou ir à escola.
Estão entre
os mais vulneráveis à violência, abusos, exploração e negligência,
especialmente se estão escondidos ou colocados em instituições.
O relatório
diz que as crianças com deficiência não devem ser vistas como meros
beneficiários de caridade, mas sim como crianças com igualdade de direitos,
incluindo o direito à vida, bons cuidados de saúde, nutrição, educação,
expressão e proteção legal.
Abid Aslam,
da UNICEF, diz que o relatório deste ano desafia as pessoas a ver a criança
antes da deficiência.
"Eles
têm sonhos. Eles têm a capacidade para cumprir esses sonhos. E, como temos
mostrado no relatório, dando-lhes uma chance, eles contribuem para a vitalidade
das suas famílias e das suas comunidades. Isso significa fazer um compromisso
sério para encontrar as crianças com deficiência, compreender as suas
necessidades, incluí-las na concepção de soluções, bem como no projeto de
avaliação de apoios e serviços que se destinam a dar-lhes uma chance de
sobreviver, prosperar, ser bem sucedido."
A UNICEF
pede a mais governos para ratificar e implementar a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e a Convenção sobre os Direitos da Criança, e para
apoiar as famílias para que possam fazer face aos mais elevados custos inerente
ao cuidado de crianças com deficiência.
Patrick
Maigua
Rádio das
Nações Unidas
Genebra
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