Em Istambul, no Parque Gezi, o epicentro dos protestos das
últimas semanas (que fazem vacilar o governo de Erdorgan), surgiu do nada,
improvisada com tijolos, uma
pequena biblioteca que serve de combustível intelectual para os
manifestantes. De um lado, há canhões de água e gás lacrimogéneo. Do outro,
pessoas desarmadas que lutam pela preservação de um parque e lêem livros. O
Bibliotecário de Babel por estes dias também é turco e não conhece biblioteca
no mundo mais bela que a de Gezi, a céu aberto, debaixo das árvores, erguida
contra a opressão.
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