MEC tem com os
exames provoca situações que se não envolvessem os miúdos seriam um excelente
guião para uma “narrativa”, como agora se diz, delirante com uma pitada de paranóia.
A relação absolutamente incompreensível que o
A relação absolutamente incompreensível que o
Por indicação do Júri Nacional de Exames os miúdos do 4º ano
devem assinar à entrada para o exame uma declaração na qual se comprometem a
“não ter na sua posse telemóvel ou outro material não autorizado” durante a
realização da prova.
Depois de os deslocalizar, obrigando-os a realizar um exame
de duvidosa utilidade fora da sua escola, depois de assumir a despudorada e
eticamente inaceitável desconfiança sobre os professores do 1º ciclo
impedindo-os de vigiar os seus alunos, estabelece, na mesma linha de considerar
que os miúdos são potenciais delinquentes, que os alunos se comprometem por
escrito a não “ter junto de si quaisquer suportes escritos não autorizados”
como, por exemplo, livros, cadernos, folhas nem quaisquer sistemas de
comunicação móvel, como computadores portáteis, aparelhos de vídeo ou áudio,
incluindo telemóveis.
São miúdos de nove e dez anos, não são o “Dr.” Relvas ou uma
quantidade enorme de trafulhas que lhes pedissem uma declaração de honra não
saberiam o que significaria e teriam, obviamente, esses sim, de “copiar”.
Será que esta gente não se enxerga e percebe o ridículo
trágico em que cai com farsas como estas, que querem parecer um fingimento de
rigor e qualidade quando mais não são que incompetência, deriva, desconfiança
sobre tudo e sobre todos e, no limite, um péssimo serviço prestado à educação,
à escola, aos pais e professores e, sobretudo, aos miúdos.
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