Professores moçambicanos têm que atravessar rio com crocodilos para irem dar aulas
Mapa tirado daqui |
A falta de uma ponte, destruída na guerra civil moçambicana, na região de Minas Gerais, distrito de Sussundenga, em Manica, está a condicionar aulas a mais de 700 alunos, que dependem dos professores para atravessar um rio infestado de crocodilos.
Érbio Sixpence, chefe do posto administrativo de Muoha, onde fica Minas Gerais, disse que atualmente os professores são obrigados todas as manhãs (na ida) e tardes (no regresso) a mandar atravessar os seus alunos no rio, altamente frequentado por crocodilos, na sequência de falta de ponte. Se os alunos não passam, não há aulas.
"Os professores atravessam os alunos para evitar ataques de animais (crocodilos) e isso é uma preocupação para a população e governo, por isso é que este ano a ponte foi contemplado pelo fundo de estrada e vai ser construída uma travessia segura de pessoas", explicou à Lusa Érbio Sixpence.
Atualmente os professores atravessam os alunos, um por um, os mais crescidos e segurados pela mão e os mais novos ao colo. No tempo chuvoso, quando o rio atinge alturas maiores e corrente forte, as aulas são paralisadas.
Érbio Sixpence disse que no local nunca foi registado nenhum incidente envolvendo alunos, mas o receio entre os encarregados de educação de mandar os alunos a escola tem crescido, "daí a necessidade urgente de colocar uma travessia" no rio.
A escola primária, a única de Minas Gerais, vai ascender próximo ano a Escola Primária Completa (EPC) e vai passar a lecionar o segundo grau do nível primário, pelo que vai acolher alunos de outras escolas da região de Muoha.
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