DE TANTO CHUMBARES, UM DIA APRENDES
Esta perspectiva, mais exames como fonte de qualidade, parece decorrer da estranha convicção de que se medir muitas vezes a febre, esta irá baixar o que é, no mínimo, ingénuo.
A qualidade promove-se, é certo e deve sublinhar-se, com a avaliação rigorosa e regular das aprendizagens, naturalmente, mas também com a avaliação do trabalho dos professores, com a definição de currículos adequados, com a estruturação de dispositivos de apoio a alunos e professores eficazes e suficientes, com a definição de políticas educativas que sustentem um quadro normativo simples e coerente e modelos adequados de organização e funcionamento das escolas, com a definição de objectivos de curto e médio prazo, fomento da autonomia responsabilizada, etc.
A defesa de mais exames, como muitas vezes é feita, em nome o combate ao "facilitismo" corre o risco de sustentar um discurso demagógico. As referências a exigência e a rigor vendem bem, ainda que deixem de lado outros aspectos também essenciais da educação.
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