Pesquisas diversas mostram uma ligação direta entre as formas de punição e problemas na vida adulta, como depressão, ansiedade e vícios.
Para chegar a essa conclusão, os métodos mais utilizados por esses estudos foram os prospectivos, em que crianças com níveis de agressão são analisadas e, posteriormente, observadas, com base na progressão do comportamento.
Um dos estudos que se destaca é o dos canadianos Ron Ensom e Joan Durrant, da Universidade de Manitoba e do Hospital Infantil de Eastern Ontario, respectivamente. Os cientistas analisaram 36 mil pessoas durante 20 anos. Conclusão: nenhuma punição física tem efeito positivo – a maior parte tem, na verdade, efeitos negativos.
No que diz respeito às palmadas, os melhores estudos foram feitos nos Estados Unidos e indicam o que todos já sabem: que as crianças menores – de dois a cinco anos – são as que mais sofrem tais castigos. “Nos EUA, quase todas as crianças da pré-escola levaram palmada”, conta Ensom. “Provavelmente porque são ativas e inquisitivas, e têm compreensão limitada de perigo ou das necessidades dos outros”.
A opção correta seria, então, utilizar da disciplina positiva, que é o uso da autoridade, mas sem violência. Segundo George Holden, da Universidade Metodista do Sul, em Dallas, Texas, nos EUA, bater na criança só a ensina a usar a agressão. “Alguns pais batem em crianças mais velhas, talvez 10%, e alguns continuam a usar o castigo corporal em adolescentes”, explica Holden.
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