sábado, 4 de janeiro de 2014

"Roubado que não dá pela coisa furtada, é quem, afinal, não foi roubado em nada." (Shakespeare)

O roubo de 5% e 6%, respectivamente, aos subsídios de doença e de desemprego, não é roubo é "contribuição". O aumento de impostos aos funcionários públicos, por via dos descontos para a ADSE, como forma de compensar o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nas pensões, não é aumento de impostos é "contribuição". O esbulho aos pensiomistas da Caixa Geral de Aposentações não é esbulho é  "Contribuição Extraordinária de Solidariedade", e o esbulho generalizado não é esbulho generalizado é "alargamento da base de incidência".

Isto no país em que o trabalhador não é trabalhador mas colaborador, não vende a sua força de trabalho ao patrão, colabora com o empresário. Colaborar é as tarefas divididas lá em casa entre o casal, e os filhos se ou houver, por exemplo.
Contribuição de solidariedade é quando os meninos vestidos de parvos, vulgo escuteiros, andam na rua com as caixinhas a catar moedas para a Liga Portuguesa Contra O Cancro, e o povo dá porque lhe apetece dar e porque sim, também por exemplo.

A novilíngua vai de vento em popa. O mexilhão, além de se lixar como diz o provérbio, ainda leva com a novilíngua pela proa. E a passividade com que tudo isto é aceite é resumida na perfeição pelo corrector do Word quando quer alterar novilíngua por novilhada.
[Imagem]                                                     Material roubado daqui


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