Recentemente, tive a oportunidade de visitar Londres,
uma cidade que há muito queria conhecer. Como celíaca, a minha principal
preocupação foi o que poderia comer e onde, principalmente por saber que
passaria a maior parte do tempo «de um lado para o outro». Apesar de saber que
naquela cidade existe, à partida, não só mais variedade de produtos, como um
maior conhecimento sobre o que é a DC e o glúten, fiz o meu «trabalho de casa».
Contactei a Coeliac UK, Associação de Celíacos do
Reino Unido, que me facultou acesso à área de sócio do seu portal para que
pudesse recolher informação sobre os restaurantes e cafés atentos às
necessidades dos intolerantes ao glúten. Além disso, fiz uma breve pesquisa na
Internet que me permitiu identificar alguns locais seguros para comer.
Levei comigo alguns produtos para os primeiros dias,
mas rapidamente percebi que poderia adquirir as mercearias básicas em
supermercados como a Sainsbury’s ou a Tesco, espalhados pela cidade.
Na Pizza Express, uma cadeia de restaurantes, a maioria
do menu de pizzas pode ser adaptada e servida numa base sem
glúten, bastando para isso alertar o funcionário. Também servem óptimosbrownies como
sobremesa, acompanhados de um café ou chá à escolha. A Pizza Hut também dispõe
de uma base sem glúten que pode ser utilizada na maior parte da sua ementa,
além de oferecer salada para acompanhar as refeições.
A cadeia de lojas EAT disponibiliza várias opções
saudáveis, incluindo pratos vegetarianos, confeccionados na própria loja, sendo
que todos os alergénios são especificados. No Starbucks, além do brownie e
do shortbread já existentes nas lojas portuguesas, é
igualmente comercializada uma sanduíche sem glúten.
Pessoalmente, o local onde preferi comer foi o Leon,
um conceito de fast food natural, para comer na loja ou para
levar. Na ementa são indicados os alergénios de cada prato, existindo opções
isentas de glúten, de produtos lácteos e de frutos secos, além de pratos
adequados a dietas vegetarianas e vegan. As opções de sobremesa incluem brownie e
tarde de nozes pecan.
No fundo, é agradavelmente bem-vinda a sensação de que
a doença celíaca é amplamente conhecida e, perguntando na generalidade dos
estabelecimentos, os funcionários estão em condições de esclarecer o
consumidor.
Sem comentários:
Enviar um comentário