Mais vale prevenir do que remediar. E quando se
tenta prevenir em demasia? Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade
do Porto vem sugerir que, por vezes, prevenção a mais pode transformar-se num
problema. E não se trata aqui de uma visão economicista da saúde ou de poupança
nos meios complementares de diagnóstico. Segundo os investigadores, os danos
causados por um rastreio excessivo podem ir desde a detecção de falsos
positivos, ao risco de se dar com problemas sem importância clínica real e mesmo
à realização posterior de tratamentos desnecessários. Os especialistas falam de
um elevado número de doentes impostos a cada médico, o que faz com que os
profissionais possam exagerar na lógica da medicina defensiva que, em alguns
casos, até pode ser contraproducente. É um daqueles casos em que o bom senso
pode valer tanto quanto uma boa prevenção.
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